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Piores Filmes de 2006

Argh!Argh!Argh!

Eis a lista depreciativa de 2006, com mais de meio ano de atraso.

2006 foi um ano com filmes muito bons, mas que também teve uma cota elevadíssima de podreiras.

Vamos a elas então!

Serpentes a Bordo
10. Serpentes a Bordo (David R. Ellis)
Um filme que sintetiza a aura do cinema classe B com valores de produção de padrão hollywoodiano. Por isso mesmo, um representante fajuto de sua categoria. Fosse mesmo um verdadeiro representante do cinema marginal, a cena da cobra no banheiro teria ido um pouco além do que é mostrado. Pode até ser divertido com alguma boa vontade, e somente graças a Samuel L. Jackson.
Assombração
9. Assombração (Oxide Pang Chun, Danny Pang)
Efeitos digitais a serviço de uma trama que até tinha algum potencial para render um filme bacana. Infelizmente, tudo é engolido por uma aparente obsessão dos irmãos Pang com um tema recorrente e por uma mudança de tom absurdamente fora de contexto. A favor do longa conta a excepcional seqüência da descida no elevador. O resto é só ladeira abaixo mesmo.
Adrenalina
8. Adrenalina (Mark Neveldine, Brian Taylor)
Tem gente que achou essa bicheira uma das melhores coisas do cinema independente nos últimos anos. Para mim praticamente nada se salva. O pior de tudo é ver a bonita Amy Smart pagando mico – a cena que ela protagoniza com Jason Statham no meio do povão é de um cavalar mau gosto. O acervo do cinema de ação minimalista/explosivo/intenso já teve, e provavelmente terá, exemplares muito melhores que este.
Piratas do Caribe - O Baú da Morte
7. Piratas do Caribe - O Baú da Morte (Gore Verbinski)
Provavelmente o maior engambelamento de marketing da história, a segunda parte da trilogia de Jack Sparrow me decepcionou bastante. Sinceramente, os números de arrecadação deste filme fraquíssimo me parecem coisa fabricada, do tipo que a Enron fazia quando estava por cima da carne seca no mercado americano de energia. Ou eu estou muito errado ou estou... bem, não tem jeito, devo estar muito errado mesmo. Certos estão Verbinski, Bruckheimer e a enxurrada de gente que pagou pra ver isto e gostou.
Terror em Silent Hill
6. Terror em Silent Hill (Christophe Gans)
Deve ter fã do jogo que gostou desse bloco acerebrado e sem sentido de névoa e cgi. A jornada sem rumo da protagonista é o cartão de visita de um roteiro sem atrativos, num filme que não assusta nem a criancinha que acabou de começar a jogar video-game com Splatterhouse e Castlevania. O pior de tudo é que eu gosto de Radha Mitchell...
O Sacrifício
5. O Sacrifício (Neil LaBute)
Nicolas Cage em perigoso flerte com o fundo do poço, numa refilmagem porca de um filme antigo que tem panca de ser bom (e que eu ainda não tive a chance de assistir). As cenas de pesadelo do Sr. Cage são a maior palhaçada do filme, isso sem falar na burrice acentuada do personagem. Quando será que esse povo vai aprender a lição?
Quando um Estranho Chama
4. Quando um Estranho Chama (Simon West)
Quantas vezes alguém pode se assustar atendendo o telefone durante a noite? Faça um teste assistindo a este filme e descubra até onde um roteiro pode ir para tentar suscitar algum suspense. Tudo neste filme é feito para alongar um tema que renderia no máximo um curta de 10 minutos. O resultado é tosco, bobo e só se justifica pela presença da protagonista, que não é de se jogar fora.
Instinto Selvagem 2
3. Instinto Selvagem 2 (Michael Caton-Jones)
Grande bobagem, tiro na água, desperdício de dinheiro e elenco. Comparar o Instinto Selvagem dirigido por Paul Verhoeven com esta porcaria é ato de covardia. Nada do que a propaganda sensacionalista promete sobre Sharon Stone aparece na história, que enseba em cima da psiquê de Catherine Trammel (olha só, eu ainda lembro o nome da personagem!) sem chegar a absolutamente lugar nenhum.
Efeito Borboleta 2
2. Efeito Borboleta 2 (John R. Leonetti)
Outra franquia que começou nas nuvens, mas acabou indo do céu ao inferno de forma simplesmente arrasadora. Tire toda a inteligência que o original tinha, qualquer senso decente de estilo e adicione um punhado de garotas quentes em cenas tórridas com o "herói", e temos uma bagunça que não acrescenta absolutamente nada à tão bem bolada idéia do Efeito Borboleta original.
Ultravioleta
1. Ultravioleta (Kurt Wimmer)
Faltam-me palavras para descrever esta atrocidade visual e narrativa. Ela simplesmente acaba com os vampiros, com as histórias em quadrinhos e com o bom cinema de ação. Linhas de diálogo inacreditáveis em sua imbecilidade, lutas filmadas e editadas provavelmente por um grupo de bêbados, cenas de ação sem qualquer noção de realidade e Milla Jovovich pagando o maior mico da carreira. Perto disso aqui, coisas como Cherry 2000, Barb Wire e qualquer filme da Cynthia Rothrock são obras-primas.

Texto postado por Kollision em 14 de Junho de 2007