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Um Bottom 10 para o Cinema de 2005
Agora é a vez dos filmes mais fracos que assisti no cinema, lançados durante o ano de 2005.
Na lista, há pelo menos uma grande decepção, que foi O Chamado 2, que não é um desastre total mas praticamente some diante do primeiro e excelente episódio. Decepção foi também Batman Begins (Christopher Nolan), que acredito merecer na realidade uma nota bem mais baixa que aquela que apliquei ao filme na época em que o assisti. Coisas que só a mescla entre o "estado de espírito" do momento e alguma outra coisa podem explicar.
10. O Chamado 2 (Hideo Nakata)
Por que Hideo Nakata não ficou quieto no lugar dele? E como é que o roteirista Ehren Kruger, até então bastante competente em seu ofício, teve que manchar o currículo com um trabalho tão inferior ao primeiro filme? Onde estava Gore Verbinski?
9. Escuridão (John Fawcett)
Apesar de algumas passagens dignas de bons momentos de pesadelo, alguma coisa não "clica" na história da menina que desaparece numa dimensão de morte e leva a mãe a extremos para reencontrá-la. Com um pouco mais de revisões, talvez o roteiro tivesse se desenvolvido para um dos filmes de terror do ano. Pena.
8. Aeon Flux (Karyn Kusama)
Coisas legais como a mosca presa pelo rápido piscar de olhos da heroína, misturadas à absurda seqüência dos cacaus assassinos, é que colocaram
Aeon Flux na lista. Nem vou mencionar o amaciamento ideológico da personagem e de seu universo...
7. O Amigo Oculto (John Polson)
Outro longa que enfia os pés pelas mãos ao criar uma boa expectativa, frustrada da pior forma possível pelo desfecho canhestro. Tem Robert De Niro, mas é como se não tivesse. Tem Famke 'Jean Grey' Janssen, mas nem a beleza da moça não souberam aproveitar.
6. Cry Wolf - O Jogo da Mentira (Jeff Wadlow)
Mais um pastiche na linha de
Lenda Urbana, realizado fora de sintonia com seu público-alvo e completamente carente de originalidade. Se você já viu um filme como este, já viu todos. E se mostrar como mais um, sem nem ao menos colaborar com alguma coisinha nova, é simplesmente inútil.
5. Elektra (Rob Bowman)
Começa bem, e termina mal, muito mal. Rob Bowman, o diretor, já foi mais bem-aventurado no passado. Jennifer Garner dá o sangue, praticamente, mas a única seqüência realmente legal é a inicial, retirada diretamente de uma história recente de suas HQs.
4. A Feiticeira (Nora Ephron)
O máximo que pode acontecer aqui é ver alguém dando um sorrisinho amarelo, mais pelo carisma de Nicole Kidman que pela história do filme em si. Alguém deveria ter posto uma coleira em Will Ferrell.
3. Syriana - A Indústria do Petróleo (Stephen Gaghan)
Filme extremamente confuso e perdido no emaranhado de alvos que tenta atingir. Dar o Oscar de ator coadjuvante a George Clooney por seu papel é nada menos que um equívoco por dois motivos: 1) ele não é coadjuvante coisa nenhuma; e 2) ele não merece tanto crédito assim por sua interpretação.
2. Dizem Por Aí (Rob Reiner)
Trabalho que não sabe se é comédia ou drama, alternando momentos que quase chegam lá com situações constrangedoras vividas pela personagem de Jennifer Aniston, uma atriz cujo
hype eu ainda estou longe de entender completamente.
1. A Caverna (Bruce Hunt)
Colagem sem-vergonha de
Eclipse Mortal (David Twohy, 2000), com personagens que não inspiram empatia e monstros cuja concepção não me agradou. Após esse trabalho, ficou claro que Cole Hauser simplesmente não tem carisma para segurar um longa. A única coisa útil que tirei deste filme é que, quando eu tiver minha carteirinha de mergulhador, a Romênia é um dos países que com certeza deverei estar visitando.
Últimos filmes vistos:
Cuidado com Meu Guarda-costas (1980) - Revisto em DVD em 25-MAR, Sábado
Grande clássico dos filmes sobre o universo adolescente, marcado por uma inocência praticamente impossível de ser encontrada em qualquer filme atual.
Cry Wolf - O Jogo da Mentira (2005) - Visto no cinema em 26-MAR, Domingo, sala 1 do Shopping Goiabeiras
Cópia-carbono de vários filmes do mesmo estilo, que não tem material suficiente para emplacar.
Mandrake - O Mágico (1939) - Visto em DVD em 29-MAR, Quarta-feira
Compilação dos 12 episódios da primeira série sobre o mágico criado por Lee Falk em 1934. Chato, só é recomendado para os saudosistas e para os fãs.
Texto postado por Kollision em 31/Março/2006