Cinema

X-Men - Dias de um Futuro Esquecido

X-Men - Dias de um Futuro Esquecido
Título original: X-Men - Days of Future Past
Ano: 2014
País: Estados Unidos
Duração: 131 min.
Gênero: Ficção científica
Diretor: Bryan Singer (X-Men - Apocalipse)
Trilha Sonora: John Ottman (O Pentelho, Floresta Negra, Lenda Urbana 2)
Elenco: Hugh Jackman, James McAvoy, Michael Fassbender, Jennifer Lawrence, Ian McKellen, Patrick Stewart, Peter Dinklage, Mark Camacho, Halle Berry, Nicholas Hoult, Ellen Page, Shawn Ashmore, Omar Sy, Evan Peters, Josh Helman, Daniel Cudmore, Bingbing Fan, Adan Canto, Booboo Stewart, Lucas Till, Evan Jonigkeit, Anna Paquin, Famke Janssen, James Marsden, Kelsey Grammer
Avaliação: 8/10

Revisto em Blu-ray em 25-DEZ-2015, Sexta-feira

Não dá para negar que a revisão de X-Men - Dias de um Futuro Esquecido faz o filme cair um pouco no conceito de qualquer cinéfilo, que dirá dos fãs de carteirinha das HQs mutantes. Todos já sabem mais ou menos como é a história, ou até mesmo que foi a versão das HQs que inspirou James Cameron a fazer O Exterminador do Futuro, mas o tratamento dado pelo roteiro e retratado pela visão de Bryan Singer é minado por falhas e por decisões que me deixam desapontado como fã. O principal elo de discórdia é o papel de Wolverine (Hugh Jackman) no clímax do filme e todo o suspense que cai por terra quando se considera o fator temporal (para que ter suspense, afinal?). O segundo elo de discórdia na minha opinião é a excessiva presença cênica de Mística (Jennifer Lawrence), uma vilã de segundo escalão promovida a protagonista. No meio da bagunça o único que sai ileso é Magneto, já que Charles Xavier também passa o filme inteiro praticamente perdido. E John Ottman é um compositor fraco. Que saudades tenho do finado Michael Kamen...

Os personagens se reúnem novamente para a terceira parte da nova trilogia em X-Men - Apocalipse.

O Blu-ray presente na edição dupla que traz também o longa anterior X-Men - Primeira Classe vem com quatro especiais curtos de making-of que totalizam aproximadamente 40 minutos, 12 minutos de cenas excluídas com comentários opcionais de Bryan Singer, 6 minutos de erros de gravação, galeria de fotos e desenhos de produção, três trailers e uma breve prévia de Êxodo - Deuses e Reis acompanhada do trailer. Todo o material extra é devidamente legendado em português.

Visto no cinema em 7-JUN-2014, Sábado, sala Cinemark 6 do Shopping Goiabeiras

Depois de uma trilogia que causou discórdia entre fãs e de um reboot com cara de prequel (ou seria o contrário?), há que se admitir a genialidade da divisão mutante da Marvel no cinema ao transpôr a história de Dias de um Futuro Esquecido para o celuloide. O filme faz a ponte entre o elenco antigo (da trilogia) e o novo (de X-Men - Primeira Classe), e assim aproveita para amarrar/desatar as pontas soltas existentes na cronologia e no grupo de personagens. Nenhum fã das HQs ficará 100% satisfeito com o resultado, mas pelo menos eles tentaram.

Bryan Singer traz de volta a mesma pegada que demonstrou em X-Men 2, privilegiando personagens em detrimento de efeitos especiais. No futuro, os X-Men remanescentes do grupo lutam contra avançadíssimos sentinelas exterminadores de mutantes sob a liderança conjunta do professor Charles Xavier (Patrick Stewart) e de Magneto (Ian McKellen). Prestes a serem aniquilados, eles enviam a consciência de Wolverine (Hugh Jackman) ao seu próprio corpo no passado por meio dos poderes de Lince Negra (Ellen Page), com a missão de convencer os jovens Xavier e Magneto a se unirem para impedir o assassinato de Bolívar Trask (Peter Dinklage) cometido pela transmorfa Mística (Jennifer Lawrence).

Narrativamente, Dias de um Futuro Esquecido é enxuto e faz jus às caracterizações pré-existentes de todos os personagens. Na minha opinião o tratamento dado a Magneto ficou absolutamente fantástico. Em contrapartida, o filme carece de cenas de ação dignas de X-Men trabalhando em equipe, uma característica que somente O Confronto Final foi capaz de fazer com a emoção que os personagens merecem. As cenas que mostram a equipe do futuro em ação contra os sentinelas suprem essa deficiência, porém são curtas demais para fazer volume. E mesmo com os lances nebulosos do roteiro (a presença muitas vezes forçada de Wolverine em muitas cenas e a ausência de uma caracterização mais evidente para Mística, entre outros), fiquei feliz ao notar que absolutamente nenhum dos longas anteriores foi desconsiderado. As portas ficaram devidamente abertas para novas aventuras, assim como as expectativas para a ascensão de Apocalipse, mostrado de relance na cena surpresa pós-créditos.

Vou agora avaliar rapidamente a representação de alguns personagens não mencionados nos parágrafos acima: