Foi com alguma dor no coração que tomei uma decisão drástica com relação à minha coleção de HQs no mês passado. Parei de comprar os títulos Homem-Aranha, Marvel Max, Universo Marvel, Demolidor e Os Poderosos Vingadores. Com isso, o número de minhas aquisições na banca foi drasticamente reduzido, já que agora só compro mesmo os obrigatórios X-Men, X-Men Extra, Wolverine, Homem-Aranha Millenium e edições especiais relacionadas. A revista do Demolidor já está sendo cancelada este mês mesmo, então parece até que eu adivinhei que aí vinha merda. Isso sem mencionar o fato de que a Panini parece estar mal das pernas, pelo menos no que diz respeito à distribuição das revistas: já praticamente no Natal, absolutamente nenhuma HQ de Dezembro chegou às bancas.
Num reflexo óbvio do maior número de atribuições profissionais, do maior tempo que tenho passado no Dreamweaver e, tenho que admitir, da perda de boa parte da minha fascinação pelo meio (mais um sinal de amadurecimento ou envelhecimento?), para mim é simplesmente uma ERA que chega ao fim. Fui colecionador religioso das HQs da Marvel desde 1994, exatamente quando entrei para a faculdade. Só perdi algumas edições do Homem-Aranha da Abril, durante a espetacular saga do clone (não, você não leu errado – esta é uma das sagas mais injustamente subestimadas de toda a história dos quadrinhos de super-heróis). De resto, tenho tudo que foi publicado desde então, e muito mais que foi adquirido em minhas notórias escavações em sebos.
O próximo, e ainda mais doloroso passo, será separar as revistas não-mutantes e me desfazer delas. O armário já tem livros e DVDs saindo pelo ladrão, e o jeito vai ser dar adeus aos exemplares periféricos, junto com as roupas que tenho que doar com urgência.
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Desde o último post, mais dois filmes no cinema.
007 - Cassino Royale (Martin Campbell) não faz feio e tem potencial para formar uma nova base de fãs em torno de James Bond. O Ilusionista (Neil Burger) é sólido em interpretações e ambientação, mas meio solto no que diz respeito à história. Ambos os filmes rendem boas diversões, numa época em que os cinemas estão dominados por desenhos e longas infantis dublados.
Permanece a expectativa para a chegada do tão mal falado (em qualquer sentido que se possa imaginar) Turistas, o tal do O Albergue passado no Brasil.
Outros filmes vistos:
Uma Noite Alucinante (1987) - Revisto em DVD em 12-DEZ, Terça-feira
É praticamente uma refilmagem de A Morte do Demônio, com mais dinheiro, menos sangue e mais humor.
Delirio Caldo (1972) - Visto em DVD em 16-DEZ, Sábado
Giallo meio maluco e bastante generoso na nudez feminina. Interessante.
A Casa de Frankenstein (1944) - Visto em DVD em 17-DEZ, Domingo
Inicia-se aqui o fim dos filmes de monstro da Universal. O ícone Boris Karloff está em cena sem maquiagem, o que vale uma espiada básica.
Ritual dos Sádicos - O Despertar da Besta (1970) - Revisto em DVD em 18-DEZ, Segunda-feira
Muito desconjutado e mal filmado, este trabalho de José Mojica Marins não merece a reputação que tem.
Texto postado por Kollision em 23/Dezembro/2006