Visto no cinema em 8-JUN-2009, Segunda-feira, sala 6 do Multiplex Pantanal
Será que James Cameron imaginava, nos idos de 1984, que sua criação despretensiosa chegaria a uma terceira sequência e com fôlego para mais filmes depois deste? Em A Salvação, a mitologia do exterminador continua mais forte que nunca no ano 2018, num cenário dominado pelas máquinas e patrulhado às escondidas por focos de resistência parcialmente liderados por John Connor (Christian Bale), o alegado "salvador da raça humana". Ele continua sua busca pelo pai Kyle Reese (Anton Yelchin), então apenas um adolescente, mas o reaparecimento de um assassino condenado à morte (Sam Worthington) cuja origem está ligada à Skynet pode representar a diferença entre vitória e derrota. McG, o diretor, não quis arriscar nenhuma das graças que melaram a sua fama em outros filmes, compondo um trabalho opressivo que lembra demais Matrix, Transformers e Mad Max. Em hipótese alguma um fã de ficção científica que se preze poderá desabonar tal aspecto do filme, mas ajudaria um pouco se Christian Bale não fosse tão antipático. Eu adoraria se tivessem mantido Nick Stahl no papel. Bryce Dallas Howard, coitada, nem consegue mostrar qualquer serviço, já que sua personagem foi transformada numa inútil. Apesar deste quarto filme não manter a coesão narrativa de seus antecessores, ele traz passagens acachapantes com ótimos efeitos visuais e uma extraordinária edição de som. Não faz feio, e com certeza abre o caminho para mais exemplares de uma franquia agora francamente apocalíptica.
A série continua em O Exterminador do Futuro - Gênesis.