Visto via Netflix em 13-DEZ-2022, Terça-feira
A Babá é um filme de terror facilmente subestimável. O material de divulgação e a roupagem moderninha não ajudam, assim como o nome de McG na cadeira de diretor. Mas olhem só, e não é que o filme agrada? Intrigante, inesperado e até certo ponto imprevisível, A Babá constrói muito bem e aproveita o suspense inicial com graciosidade e muito sangue. Garoto de 12 anos (Judah Lewis) ainda tem a companhia de uma babá sempre que os pais viajam juntos no fim de semana. Retraído, sem amigos e vítima de bullying constante de outros moleques, ele ao menos tem a sorte da tal babá (Samara Weaving) ser uma gata arrasa-quarteirão que o trata muito bem sempre que estão juntos. Numa dessas ocasiões, no entanto, o jovem decide ficar acordado até tarde para ver o que ela faz enquanto ele deveria dormir. Para sua surpresa, o que ele descobre é que a moça é a líder de um culto satânico que inclusive está prestes a obter o sangue de um "inocente" para finalizar a cerimônia maldita da noite. O maior mérito de A Babá é saber que não deve se levar a sério, o que abre espaço para uma história enxuta, divertida e movimentada que ainda por cima faz várias referências engraçadinhas a clássicos do passado. O elenco está todo bem, mas é a fantástica química entre Judah Lewis e Samara Weaving que garante a eficiência do filme.
Dado o sucesso de público e crítica, McG não tardou a entregar a sequência A Babá - Rainha da Morte, produzida três anos mais tarde.