Cinema

O Terminal

O Terminal
Título original: The Terminal
Ano: 2004
País: Estados Unidos
Duração: 128 min.
Gênero: Comédia
Diretor: Steven Spielberg (Guerra dos Mundos [2005], Munique, Indiana Jones e o Reino da Caveira de Cristal)
Trilha Sonora: John Williams (Star Wars Episódio III - A Vingança dos Sith, Memórias de uma Gueixa)
Elenco: Tom Hanks, Catherine Zeta-Jones, Stanley Tucci, Chi McBride, Diego Luna, Barry Shabaka Henley, Kumar Pallana, Zoe Saldana, Eddie Jones, Michael Nouri, Jude Ciccolella, Corey Reynolds, Guillermo Díaz, Rini Bell, Stephen Mendel, Valeri Nikolayev
Avaliação: 6

Novamente Steven Spielberg se junta a Tom Hanks, desta vez na produção de uma comédia. Anteriormente, a dupla havia colaborado no premiado O Resgate do Soldado Ryan e em Prenda-me Se For Capaz, com resultados razoáveis. Muito do espírito descontraído de Prenda-me Se For Capaz é mantido neste novo longa, que tenta evocar risos a partir de uma premissa aparentemente rasa demais para um filme com duas horas de projeção. Premissa essa baseada no caso real de um homem que vive no aeroporto Charles de Gaulle, em Paris, e que passou pelo mesmo drama do personagem de Tom Hanks em O Terminal.

Hanks é Viktor Navorsky, um homem que desembarca no aeroporto JFK de Nova York recém-chegado na nação de Krakozhia. Porém, enquanto ele passa pelos procedimentos da alfândega, seu país entra em guerra civil e indefinição política total, o que invalida sua nacionalidade e, conseqüentemente, seu passaporte. Como resultado, ele é proibido de pisar em solo americano, ao mesmo tempo em que não pode também retornar à sua própria pátria. Vagando pelo enorme aeroporto, Viktor vem a transformar um portão de embarque abandonado em seu lar, e desenvolve praticamente uma nova vida dentro do lugar, à medida que aprende a falar inglês melhor. Juntam-se à estranha e engraçada situação de Viktor a vigilância ferina do diretor do aeroporto (Stanley Tucci, com novo visual Cazé Peçanha), um interesse amoroso sob a forma da comissária de bordo Amelia (Catherine Zeta-Jones) e um grupo de amigos trabalhadores do aeroporto.

Com momentos engraçados, que exploram a realidade do imigrante perdido em meio ao caos de um aeroporto gigantesco, o filme carrega a assinatura de Spielberg de qualidade. Só que, ao mesmo tempo, traz os vícios característicos do diretor quando a história envolve momentos de definição emocional (notadamente, a pieguice um pouco acentuada). Os personagens coadjuvantes não são plenamente desenvolvidos, e os poucos que o são obtêm soluções irreais e fáceis demais para seus dramas (como o caso do rapaz latino e sua paixão pela moça da alfândega).

O cenário do aeroporto, uma réplica exata da realidade, impressiona por sua grandiosidade. Ponto a favor na película, que ainda assim fica um pouco a desejar pelos clichês que, em alguns casos, não levam a lugar algum. O segredo de Viktor, escondido na latinha de amendoins, até rende algum suspense até o final, mas isso não é o suficiente para segurar a peteca. A sensação que fica, assim como em Prenda-me Se For Capaz, é que o resultado geral poderia ter sido melhor.

Texto postado por Kollision em 12/Setembro/2004