Cinema

Sucker Punch - Mundo Surreal

Sucker Punch - Mundo Surreal
Título original: Sucker Punch
Ano: 2011
País: Estados Unidos
Duração: 110 min.
Gênero: Suspense
Diretor: Zack Snyder (O Homem de Aço, Batman Vs. Superman - A Origem da Justiça)
Trilha Sonora: Tyler Bates (A Hora da Escuridão), Marius De Vries (Bons Costumes, Kick-Ass - Quebrando Tudo)
Elenco: Emily Browning, Abbie Cornish, Jena Malone, Vanessa Hudgens, Jamie Chung, Carla Gugino, Oscar Isaac, Scott Glenn, Jon Hamm, Richard Cetrone, Gerard Plunkett, Malcolm Scott, Ron Selmour, Alan C. Peterson, Christine Willes
Avaliação: 6/10

Visto no cinema em 6-ABR-2011, Quarta-feira, sala 2 do Multiplex Pantanal

Se há algo que soa natural diante do nível de sofisticação dos efeitos especiais atualmente vigentes em Hollywood é a ideia de que qualquer mundo pode ser criado, independente de sua complexidade. Sucker Punch vai de encontro a essa constatação ao apresentar uma série de abstrações extremas, disfarçadas sob a forma de delírios surreais que se passam na mente de uma adolescente aprisionada num sanatório (Emily Browning). Colocada lá após passar por uma tragédia familiar e escapar da violência do padrasto, ela se isola em sua mente sempre que se depara com uma situação desafiadora em particular. Em sua imaginação, a moça habita mundos fantásticos e enfrenta perigos inimagináveis. Inicialmente sozinha, ela passa a contar mais tarde com a ajuda das amigas para executar um enigmático plano de fuga. O visual de sonho é acachapante em seu esmero técnico, enquanto a substância narrativa que lhe dá liga se dilui em sequências cujo tom enigmático procura se justificar no desfecho ousado do ponto de vista psicológico. O resultado é a esperada indagação sobre o que é ou não é real, e quem estaria de fato no controle das várias camadas mostradas na história. Mesmo sendo difícil evitar a sensação de vazio deixada pelas historietas aparentemente sem relação alguma entre si, quem gosta de filmes estranhos não tem do que reclamar. E o elenco feminino é um bônus que só mesmo anti-fetichistas e gente mal-amada têm peito para criticar.