Visto no cinema em 24-ABR-2016, Domingo, sala Cinemark 7 do Shopping Goiabeiras
A impressão que tenho diante de Batman Vs. Superman - O Despertar da Justiça é que o filme nada mais é que uma longa série de breves videoclipes conectados de maneira desconjuntada, sem muita alma. Isoladamente, certas passagens são fantásticas em sua composição cênica, assim como a ótima trilha sonora feita a quatro mãos por Hans Zimmer e Tom Holkenborg. O todo, no entanto, sofre com uma inércia inicial que perde tempo reprisando de novo a origem de Batman (Ben Affleck) e alongando a caracterização do que vem a ser a reprovação da humanidade para as atitudes do Superman (Henry Cavill), que como sempre parece ficar restrita às realidades contidas de Gotham City e Metrópolis. As maquinações de um jovem Lex Luthor (Jesse Eisenberg) potencializam a rusga que termina por colocar Batman e Superman em rota de colisão, enquanto a presença enigmática de uma misteriosa mulher (Gal Gadot) se revela mais importante do que Bruce Wayne jamais seria capaz de imaginar. Os atores principais estão ótimos em cena, inclusive o criticado Eisenberg (visivelmente o personagem com maior envergadura dramática), mas o roteiro que tenta desesperadamente soar denso sem ter uma profundidade à altura os desperdiça num festival de exageros, marcado por alguns diálogos infelizes e uma boa parcela de exposição barata cuja única função é plantar a semente para o que será o longa-metragem da Liga da Justiça.
Na cronologia do universo expandido da DC no cinema, o filme dá sequência a O Homem de Aço e precede Esquadrão Suicida.