Visto no cinema em 25-AGO-2015, Terça-feira, sala Cinemark 4 do Shopping Goiabeiras
Certos estúdios de cinema custam a aprender a lição. Esse reboot do Quarteto Fantástico no cinema existe basicamente porque a Fox estava na iminência de perder dos direitos sobre os personagens. A vontade de ter mais lucro sobre uma franquia teoricamente rentável, no entanto, se mostrou muito maior que o bom senso dos produtores e do diretor Josh Trank, que ao travarem uma relação de ódio atrás das câmeras contaminaram o filme de forma irreversível. Nesta releitura, os quatro integrantes do supergrupo e seu arqui-inimigo são jovens cientistas que desenvolvem uma tecnologia de transporte interdimensional. Infelizmente, sua estupidez acaba por envolvê-los num terrível acidente que também lhes confere os famosos superpoderes. Nem me atrevo a expor os inúmeros equívocos de um roteiro que não chega a fazer feio na primeira metade, mas desaba totalmente assim que a tal dimensão paralela é acessada pela primeira vez. Há um descompasso inacreditável entre o desejo de fazer algo mais realista e o modo como tudo acaba sendo infantilizado e bobo.
Se era para aproveitar os personagens de alguma forma, teria sido muito melhor dar uma terceira chance à equipe reunida por Tim Story nos dois longas anteriores, mesmo com o resultado ruim de Quarteto Fantástico e o Surfista Prateado. Em tempo: o Quarteto Fantástico de 2005 é com certeza o melhor e mais divertido dos dois filmes de origem.