Visto no cinema em 20-MAR-2016, Domingo, sala Cinemark 3 do Shopping Goiabeiras
Depois da mais recente onda e provável esgotamento de filmes baseados na mitologia grega (Fúria de Titãs, Percy Jackson e o Ladrão de Raios, Hércules, Imortais), Hollywood resolveu atirar em outra direção com o ambicioso Deuses do Egito, primeiro trabalho do diretor Alex Proyas desde o fenomenal Presságio. Vai saber porque Proyas decidiu retornar com um trabalho tão diferente de sua filmografia pregressa, mas confesso que foi somente por causa dele que decidi dar uma chance ao filme, ambientado em tempos imemoriais onde deuses caminhavam entre homens e governavam todo o mundo conhecido, isto é, o Egito. Durante a cerimônia de coroação do deus-rei Hórus (Nikolaj Coster-Waldau), seu tio Set (Gerard Butler) comete uma traição e assassina o próprio irmão Osiris (Bryan Brown), tomando o trono à força e cegando Hórus ao extrair-lhe os olhos. Com o mundo padecendo sob o jugo cruel de Set, a esperança de todo o Egito acaba caindo nas mãos de um ladrão (Brenton Thwaites) que faz um pacto com os deuses para poder ressuscitar a amada falecida (Courtney Eaton). O roteiro não faz cerimônias, e joga tudo no ventilador logo no início do primeiro ato numa tentativa de estabelecer o tom absolutamente mítico da história. Há uma certa banalização na inserção do humor dentro das interações entre deuses e mortais, com personagens que se alternam como protagonistas e coadjuvantes de luxo imersos em efeitos especiais. Estes, por sinal, lembram muito o que poderia vir a ser um filme de verdade baseado em Cavaleiros do Zodíaco. Mas aí já estou sendo abusado demais em minhas afirmações – tal qual Alex Proyas foi em sua empreitada.