Cinema

Cloverfield - Monstro

Cloverfield - Monstro
Título original: Cloverfield
Ano: 2008
País: Estados Unidos
Duração: 85 min.
Gênero: Terror
Diretor: Matt Reeves (Deixe-me Entrar, Planeta dos Macacos - O Confronto)
Trilha Sonora:
Elenco: Michael Stahl-David, Jessica Lucas, Odette Yustman, Lizzy Caplan, T.J. Miller, Mike Vogel, Anjul Nigam, Margot Farley, Theo Rossi, Brian Klugman, Kelvin Yu, Liza Lapira, Lili Mirojnick, Ben Feldman
Distribuidora do DVD: Paramount
Avaliação: 8/10

Revisto em DVD em 28-DEZ-2009, Segunda-feira

Para quem não sabe, este é um excelente filme de monstro que passou despercebido nos cinemas. Quem ainda torce o nariz para a estética câmera-na-mão à la A Bruxa de Blair também pode perder os medos e encarar Cloverfield numa boa. A encheção de linguiça (o trecho que mostra a festa no apartamento) passa rápido e logo começa a destruição. O único mistério que ainda permanece, pelo menos para mim, é o motivo do filme – e do monstro – se chamarem "Cloverfield". Clover é uma cidade localizada no estado norte-americano de Carolina do Sul, que por sua vez está bem distante de Nova York...

Do elenco, o aspecto mais interessante que pude notar é que Odette Yustman, que faz a namorada do protagonista, pagaria mico mais tarde no péssimo Alma Perdida (David Goyer, 2009). Com exceção de Mike Vogel, não reconheci nenhum dos outros membros do elenco em coisas recentes, mas seria bom ver Jessica Lucas mais vezes.

Os extras do DVD consistem de uma faixa de comentários em áudio do diretor Matt Reeves (legendada em português), um making-of de meia hora, um especial de 20 minutos que discorre sobre os principais efeitos especiais do filme, J.J. Abrams falando rapidamente sobre a inspiração para criar o monstro de Cloverfield, 4 minutos de erros de gravação, quatro cenas excluídas e dois finais alternativos (comentados pelo diretor) e os trailers de Homem de Ferro, Indiana Jones e o Reino da Caveira de Cristal e Onde os Fracos Não Têm Vez, exibidos quando o disco é inicializado.

Visto no cinema em 20-FEV-2008, Quarta-feira, sala 4 do Multiplex Pantanal

Um recado principalmente para aqueles que apreciam filmes de monstro, mas acreditam que hoje em dia um gênero tão batido está saturado: não subestimem este filme. E também não dêem ouvidos a quem tenta destratá-lo por taxá-lo como uma variação de A Bruxa de Blair. A realidade é diferente e também me pegou de jeito, já que entrei na sala de cinema sem qualquer expectativa que fosse além de passar o tempo da maneira mediana esperada de mais um pastiche norte-americano. Basta saber que a história toda é filmada através da câmera de um grupo de jovens que, no meio de uma festa em Manhattan, são surpreendidos por um estrondo e passam a fugir em desespero de uma criatura maior que a estátua da liberdade. A edição de som do filme é impressionante, os efeitos especiais são decentes e as atuações do elenco não comprometem a tensão absurda suscitada em determinadas passagens. Perdoando as liberdades criativas em torno de se manter uma câmera ligada todo o tempo enquanto a casa cai, a viagem é pura adrenalina. O estilo só peca pelo excesso ao excluir a palavra monster de seus diálogos, o que daí já é um pouco demais.