Visto no cinema em 27-SET-2012, Quinta-feira, sala 5 do Multiplex Pantanal
Que decepção. Que decepção estrondosa...
Depois do ótimo 4º episódio, o diretor Paul Anderson consegue estragar tudo com uma história fraca, maculada por um festival de clones e personagens secundários antipáticos. Nem parece que trata-se da mesma cabeça por trás dos dois filmes. Retribuição começa onde o capítulo anterior parou, ou seja, no ponto em que a heroína Alice (Milla Jovovich) e seus aliados são atacados por um esquadrão da corporação Umbrella liderado por Jill Valentine (Sienna Guillory), antiga aliada que foi dominada à força pelos inimigos. Capturada, Alice passa por tortura mental mas recebe a ajuda dos capangas do algoz Wesker (Shawn Roberts) para escapar – entre eles estão a chinesa Ada Wong (Bingbing Li) e o mercenário Leon Kennedy (Johann Urb), personagens proeminentes dos jogos que deram origem à série de cinema. O filme inteiro consiste da fuga de Alice de uma base subterrânea da Umbrella e do confronto com clones de amigos falecidos. Além da chatíssima linearidade da história (rompantes de simulações em ambiente virtual não contam), o desrespeito com os próprios personagens da franquia é o que mais denigre Resident Evil 5. Chris e Claire Redfield, personagens-chave do filme anterior, são ignorados sem explicação alguma. Os novos rostos são antipáticos e pouco fazem para dar ao filme um algo a mais, sendo obrigados a declamar trechos de diálogo vergonhosos. O pior de tudo, no entanto, é o elevado grau de ensebação do roteiro, que trata o espectador de forma simplesmente retardada. Alice precisava esperar tanto para fazer o que deve em sua luta pessoal com Jill?
Sinceramente, é como se tudo o que foi feito de bom em Resident Evil 4 tivesse sido jogado no lixo. De nada adiantam os bons efeitos especiais, o 3D abusado e os sustos razoáveis. Atrevo-me a dizer que, em matéria de ruindade, esse capítulo da série rivaliza com o segundo.
A boa notícia é que tudo acaba no próximo filme, Resident Evil 6 - O Capítulo Final.