Revisto em DVD em 26-SET-2010, Domingo
Neste terceiro filme, o motivo da longevidade da franquia cinematográfica de Resident Evil fica bem claro. Não se trata dos zumbis, não se trata da competência dos cineastas e também não se trata das histórias. O que segura todos os filmes é Milla Jovovich. É ela quem justifica os milhões gastos e os outros milhões garantidos em bilheteria, e hoje soa meio estranho pensar que um dia eu já a considerei uma atriz sem relevância alguma (culpa do insuportável O Quinto Elemento). Em A Extinção, a ausência inexplicada da heroína original Jill Valentine (Sienna Guillory) é meio que compensada pela introdução da personagem de Ali Larter, que entra para o grupo com uma grande responsabilidade, principalmente diante dos fãs do vídeo-game, mas passa o filme todo em branco porque é eclipsada por Jovovich. Mesmo assim, continuo a apreciar o estilão chupado de Mad Max e o fato de personagens morrerem às pencas ao longo da história, que obviamente ruma para um conflito de escala global no seu desfecho.
O filme foi seguido por Resident Evil 4 - Recomeço.
Os extras do DVD: faixa de comentários em áudio com Russel Mulcahy, Paul Anderson e o produtor Jeremy Bolt, um making-of de meia hora de duração, 8 minutos de cenas excluídas e os trailers de Ponto de Vista, Gabriel - A Vingança de um Anjo, Resident Evil - Degeneração e dos jogos Resident Evil 5 e Devil May Cry 4.
Visto no cinema em 25-OUT-2007, Quinta-feira, sala 8 do Multiplex Pantanal
Resident Evil é uma franquia intrigante, principalmente por ter chegado ao terceiro longa com fôlego apesar da quase-bomba que foi o segundo filme. O diretor Russell Mulcahy resolveu não correr riscos, e bebeu até o talo da estética apocalíptica de Mad Max para orquestrar o cenário de uma Terra dominada por zumbis e povoada por alguns poucos sobreviventes espalhados pelas paisagens desérticas que um dia foram os Estados Unidos. A heroína Alice (Milla Jovovich) vaga sozinha à procura de gasolina, e acaba topando com a caravana liderada por Claire (Ali Larter), da qual fazem parte alguns de seus ex-colegas. Em outro lugar, a ainda ultra-corrupta corporação Umbrella continua suas pesquisas, prestes a reencontrá-la. A solução para o mistério dos dotes acrobáticos da personagem principal é entregue antes mesmo dos créditos iniciais do filme, sendo todo o restante feito sem muito diferencial ou inovação. Pelo menos os zumbis estão de volta em grande número, o que já é alguma coisa e faz o filme valer a pena para quem gostou da primeira parte da série. Difícil mesmo é aguentar a suavização digital do rosto de Milla Jovovich nas cenas em close, uma inutilidade que já tinha sido feita no abominável Ultravioleta.