Cinema

O Hobbit - Uma Jornada Inesperada

O Hobbit - Uma Jornada Inesperada
Título original: The Hobbit - An Unexpected Journey
Ano: 2012
País: Estados Unidos, Nova Zelândia
Duração: 169 min.
Gênero: Ação / Aventura
Diretor: Peter Jackson (O Hobbit - A Desolação de Smaug, O Hobbit - A Batalha dos Cinco Exércitos)
Trilha Sonora: Howard Shore (Terapia Intensiva)
Elenco: Martin Freeman, Ian McKellen, Richard Armitage, Hugo Weaving, Cate Blanchett, Christopher Lee, Sylvester McCoy, Andy Serkis, Manu Bennett, Ken Stott, Graham McTavish, William Kircher, James Nesbitt, Stephen Hunter, Ian Holm, Elijah Wood
Avaliação: 6/10

Visto no cinema em 27-DEZ-2012, Quinta-feira, sala 5 do Multiplex Pantanal

Os amantes da mitologia fantasiosa de O Senhor dos Aneis são muitos. O Hobbit - Uma Jornada Inesperada é a recompensa tanto de fãs quanto de Peter Jackson devido ao sucesso da trilogia original, que foi encerrada com pompa em 2003. Ao contrário do que foi feito naquela trilogia, que condensava um material extenso em (teoricamente) pouco tempo de filme, aqui Jackson decidiu seguir o caminho contrário, alongando o curto texto original numa nova trilogia. Seria este um compromisso razoável entre arte e ganância comercial?

Como bom ignorante da prosa de Tolkien, entrei na sala de cinema sem expectativas, preparado para os mesmos cacoetes narrativos que marcaram as histórias anteriores da Terra Média. Sessenta anos antes dos eventos mostrados em A Sociedade do Anel encontramos o personagem central da história: o acomodado e algo preguiçoso hobbit Bilbo Baggins (Martin Freeman). Por motivos que praticamente ninguém faz ideia, o mago Gandalf (Ian McKellen) o arrasta para uma missão liderada pelo líder do povo anão Thorin (Richard Armitage), que parte numa jornada para reconquistar o reino perdido de seu povo. Ao longo do caminho eles encontram vários personagens recorrentes de O Senhor doa Aneis, como a trupe de elfos liderada por Elrond (Hugo Weaving), o mago Saruman (Christopher Lee) e o hobbit amaldiçoado Gollum (Andy Serkis). Além das passagens baratas de tensão, sempre marcadas por Gandalf salvando os anões no último segundo, há de se notar a quase completa inutilidade do próprio Bilbo, que passa o filme à deriva e só faz algo que preste no final. A ausência de personagens femininos é desconcertante (só a Galadriel de Cate Blanchett aparece, e sem muita necessidade). Os efeitos especiais, no entanto, continuam fantásticos. Antes mesmo de encarnar o papel Martin Freeman já tinha cara de hobbit, então é fácil concluir que ele se sai bem na pele de Bilbo.

Sem ser bombástico, Uma Jornada Inesperada é mais ou menos o que foi A Sociedade do Anel, ou seja, nada mais que um preâmbulo para algo (teoricamente) mais coeso e enxuto.

A Sala de Bilbo Baggins continua em O Hobbit - A Desolação de Smaug.