Cinema

O Besouro Verde

O Besouro Verde
Título original: The Green Hornet
Ano: 2011
País: Estados Unidos
Duração: 119 min.
Gênero: Comédia
Diretor: Michel Gondry (A Natureza Quase Humana, Brilho Eterno de uma Mente sem Lembranças, Sonhando Acordado)
Trilha Sonora: James Newton Howard (Gnomeu e Julieta, Água Para Elefantes, Lanterna Verde)
Elenco: Seth Rogen, Jay Chou, Christoph Waltz, Tom Wilkinson, Cameron Diaz, David Harbour, Edward James Olmos, Jamie Harris, Chad Coleman, Edward Furlong, Jill Remez, Joe O'Connor, Morgan Rusler, Joshua Erenberg, Analeigh Tipton
Avaliação: 8/10

Revisto no cinema em 5-MAR-2011, Sábado, sala 2 do Rondon Plaza Shopping

Revendo o filme apenas umas poucas semanas depois de tê-lo assistido pela primeira vez, vou dar uma opiniões rápidas sobre o elenco. Seth Rogen: o cara coloca muito de si mesmo no papel do Besouro Verde; é o tipo de figura com o qual muitas pessoas se identificam, o que humaniza o personagem apesar das coisas impossíveis que se propõe a fazer e das idiotices que ele faz. Irritante? Não para esse estilo de filme. Jay Chou: é mais ou menos óbvio que o cara não fala inglês direito, mas ele tem boa presença em cena e se quiser pode até mesmo se dar bem em comédias. Cameron Diaz: não gosto dela, e ponto final; para mim ela apareceu e desapareceu em O Máskara, e só. Christoph Waltz: hilário; um ótimo ator, bem escalado para o papel do vilão; algumas das tiradas que ele dispara são fantásticas, como as menções ao Popeye. David Harbour: ele me lembra o Roger Bart, não fede nem cheira. Tom Wilkinson: se precisarem de um cara que transpire austeridade ou seriedade, chamem Wilkinson. Edward James Olmos: um ator que há tempos eu não via, parece ter envelhecido bem; gostaria de vê-lo em papeis de maior destaque. Curiosidade: foi só depois de assistir pela primeira vez e me informar que descobri que o dono dos laboratórios de manipulação de drogas do filme, que aparece durante uma breve e hilária sequência, é na verdade Edward Furlong, o John Connor de O Exterminador do Futuro II.

Visto no cinema em 21-FEV-2011, Segunda-feira, sala 5 do Multiplex Pantanal

Dos programas de rádio da década de 30 até O Besouro Verde, o filme, várias foram as mídias onde o vingador mascarado que dá nome a este longa-metragem apareceu. Eu só não consegui identificar quem foi o iluminado que decidiu nomeá-lo no Brasil como "besouro", sendo que o inseto original é na verdade uma vespa (hornet). A mudança é plenamente apropriada, óbvio, tanto pelo gênero linguístico quanto pelo punch relacionado ao nome. Sobre o filme, que não tem vergonha nenhuma de se mostrar uma comédia escancarada, ele tira sarro do próprio protagonista e se recusa a tratá-lo sob qualquer ótica pré-estabelecida pelo subgênero de super-heróis. O Besouro Verde é o alter-ego de um ricaço mimado (Seth Rogen, também co-autor do roteiro) que se vê responsável por um império jornalístico após a morte súbita do pai. Ele inicia sua carreira de justiceiro às avessas depois de conhecer Kato (Jay Chou), ex-empregado do velho e expert em tecnologia e artes marciais, e juntos eles se tornam a pedra no sapato do maior chefão do crime organizado de Los Angeles (Christoph Waltz). Quando se entra no clima da história é difícil não se divertir, seja com a completa inaptidão física do Besouro ou com o virtuosismo cênico das cenas de ação. O filme poderia ter tido uma caracterização mais profunda para o carateca Kato e passar sem a presença da cara-de-ameixa Cameron Diaz, mas nem tudo pode ser perfeito num trabalho de super-herói que não se leva a sério. Do jeito que está, é uma excelente diversão e eu não reclamaria nada se uma sequência fosse anunciada daqui a alguns anos.