Revisto no cinema em 5-MAR-2011, Sábado, sala 2 do Rondon Plaza Shopping
Revendo o filme apenas umas poucas semanas depois de tê-lo assistido pela primeira vez, vou dar uma opiniões rápidas sobre o elenco. Seth Rogen: o cara coloca muito de si mesmo no papel do Besouro Verde; é o tipo de figura com o qual muitas pessoas se identificam, o que humaniza o personagem apesar das coisas impossíveis que se propõe a fazer e das idiotices que ele faz. Irritante? Não para esse estilo de filme. Jay Chou: é mais ou menos óbvio que o cara não fala inglês direito, mas ele tem boa presença em cena e se quiser pode até mesmo se dar bem em comédias. Cameron Diaz: não gosto dela, e ponto final; para mim ela apareceu e desapareceu em O Máskara, e só. Christoph Waltz: hilário; um ótimo ator, bem escalado para o papel do vilão; algumas das tiradas que ele dispara são fantásticas, como as menções ao Popeye. David Harbour: ele me lembra o Roger Bart, não fede nem cheira. Tom Wilkinson: se precisarem de um cara que transpire austeridade ou seriedade, chamem Wilkinson. Edward James Olmos: um ator que há tempos eu não via, parece ter envelhecido bem; gostaria de vê-lo em papeis de maior destaque. Curiosidade: foi só depois de assistir pela primeira vez e me informar que descobri que o dono dos laboratórios de manipulação de drogas do filme, que aparece durante uma breve e hilária sequência, é na verdade Edward Furlong, o John Connor de O Exterminador do Futuro II.
Visto no cinema em 21-FEV-2011, Segunda-feira, sala 5 do Multiplex Pantanal
Dos programas de rádio da década de 30 até O Besouro Verde, o filme, várias foram as mídias onde o vingador mascarado que dá nome a este longa-metragem apareceu. Eu só não consegui identificar quem foi o iluminado que decidiu nomeá-lo no Brasil como "besouro", sendo que o inseto original é na verdade uma vespa (hornet). A mudança é plenamente apropriada, óbvio, tanto pelo gênero linguístico quanto pelo punch relacionado ao nome. Sobre o filme, que não tem vergonha nenhuma de se mostrar uma comédia escancarada, ele tira sarro do próprio protagonista e se recusa a tratá-lo sob qualquer ótica pré-estabelecida pelo subgênero de super-heróis. O Besouro Verde é o alter-ego de um ricaço mimado (Seth Rogen, também co-autor do roteiro) que se vê responsável por um império jornalístico após a morte súbita do pai. Ele inicia sua carreira de justiceiro às avessas depois de conhecer Kato (Jay Chou), ex-empregado do velho e expert em tecnologia e artes marciais, e juntos eles se tornam a pedra no sapato do maior chefão do crime organizado de Los Angeles (Christoph Waltz). Quando se entra no clima da história é difícil não se divertir, seja com a completa inaptidão física do Besouro ou com o virtuosismo cênico das cenas de ação. O filme poderia ter tido uma caracterização mais profunda para o carateca Kato e passar sem a presença da cara-de-ameixa Cameron Diaz, mas nem tudo pode ser perfeito num trabalho de super-herói que não se leva a sério. Do jeito que está, é uma excelente diversão e eu não reclamaria nada se uma sequência fosse anunciada daqui a alguns anos.