Visto no cinema em 5-MAR-2013, Terça-feira, sala 5 do Multiplex Pantanal
Apesar do nível de absurdos contidos em Duro de Matar 4.0, ainda havia ali algum resquício de dignidade e respeito em relação à trilogia original. Já neste Um Bom Dia para Morrer a série desandou de vez. O filme é apressado, atropelado, sem a mágica que fazia de John McClane um policial comum porém superlativo diante de ameaças aparentemente impossíveis de serem vencidas. Dois equívocos são mais gritantes no roteiro: o primeiro deles é a vontade de imprimir ao filme um ritmo de longa de espionagem, onde ninguém é o que parece ser e revelações engraçadinhas aparecem aqui e ali; o outro equívoco é a passagem do bastão de McClane pai para McClane filho, que apesar da boa química entre os dois personagens não consegue decolar porque tudo ao redor não empolga. Além disso, pelo lado técnico o filme é nada menos que um pequeno desastre – a edição de som às vezes parece ter ficado a cargo de um estagiário, por exemplo, e na cena de perseguição do início do filme é visível como os carros explodem antes mesmo do caveirão encostar deles ao abrir caminho por Moscou. A história: McClane pai (Bruce Willis, cada vez com mais cara de jabuti) vai à Rússia ver o que está acontecendo com McClane filho (Jai Courtney), que está prestes a passar por julgamento como criminoso (por sinal algo que é explicado bem porcamente). Pouco depois os dois estão correndo como loucos para proteger um cientista arrependido (Sebastian Koch) que está na mira de um figurão político (Sergei Kolesnikov) que quer eliminá-lo a todo custo. Há muita explosão e tiroteios, mas a tensão criada é barata e nem de perto lembra as faíscas liberadas entre Hans e John McClane no hoje clássico Duro de Matar.