Revisto via Netflix em 5-ABR-2015, Domingo
Basicamente, o objetivo dessa revisão foi refamiliarizar-me com os inúmeros personagens e reparar nas aberrações cometidas pelos produtores ao retratar o Rio de Janeiro, local onde se passa toda a história de Velozes e Furiosos 5 mas que pouco aparece de verdade já que praticamente tudo foi filmado em Porto Rico. Falando francamente, o que mais me incomodou foi o sotaque português do elenco importado. Será que não havia ninguém na equipe que fosse capaz de corrigir a preguiça dos atores? Até o veterano Joaquim de Almeida escorrega em suas falas... Não me importo com a presença de um trem num deserto que não existe no sudeste brasileiro, com a cultura de corridas underground inventada do nada, com os carros de polícia turbinados que são o sonho da polícia de verdade ou com a completa inexistência de um serviço de inteligência dentro da polícia brasileira. Uma única policial honesta (Elsa Pataky) é muito pouco para redimir o descaso total com que a produção retrata as forças nacionais da lei. No fim, confirma-se que o que importa mesmo em filmes dessa estirpe é ação, o resto é enchimento e adornos.
Visto no cinema em 23-MAI-2011, Segunda-feira, sala Cinemais 1 do Shopping Três Américas
Renovando uma longevidade que desafiou com unhas e dentes os prognósticos mais pessimistas, a série Velozes e Furiosos chega ao quinto longa com fôlego de dar inveja a James Bond. A história é continuação direta de Velozes e Furiosos 4, e se passa antes dos eventos mostrados na terceira parte. Após empreender fuga da prisão graças às atividades da irmã (Jordana Brewster) e do ex-policial e agora fora-da-lei Brian O'Conner (Paul Walker), Dominic Toretto (Vin Diesel) encontra abrigo no Rio de Janeiro. Depois que uma operação local arranjada pelo desgarrado Vince (Matt Schulze, desaparecido desde a primeira parte) dá em merda, eles convocam uma equipe de especialistas para realizar um último golpe contra o lorde local das drogas (o português Joaquim de Almeida), tendo ainda que se virar com a caçada humana empreendida pela equipe de um agente norteamericano (Dwayne "the Rock" Johnson). E dá-lhe explosões, perseguições alucinantes e muitas liberdades geográficas (para não dizer atrocidades) com relação ao Rio e à polícia brasileira. Uma coisa é fato: como um filme de ação, Velozes e Furiosos 5 é fantástico. O roteiro vai longe demais em inúmeros momentos, obrigando a plateia a desligar o cérebro para curtir a história e o climão emprestado de Doze Homens e um Segredo. Quem acompanha a série desde o início vai adorar a reunião de praticamente todos os personagens importantes, o que ajuda a ocupar o vazio deixado pela tensão entre Dom e Brian, que aqui é inexistente. Faltou também algumas tomadas diurnas dos cartões postais do Rio, cujas favelas e ruas foram em sua maior parte reproduzidas, de forma até competente, em Porto Rico.
E que venha a parte seis, como a provocação absurda que rola após os créditos dá a entender!