Visto via Netflix em 17-FEV-2013, Domingo
Confesso que tive a chance de assistir a Os Indomáveis na época em que ele estava em cartaz no cinema, mas não o fiz por dois motivos: James Mangold e Christian Bale. Apesar de ter feito outros filmes, Mangold não me desce na garganta por causa de Identidade, e para um filme com Christian Bale me atrair é preciso alguma coisa a mais, ainda não superei a birra que tenho da cara dele. Vendo o filme em casa, depois de alguns anos, ficou claro que meu medo era infundado, pelo menos sob a perspectiva casual de estar assistindo a mais um faroeste feito na era moderna. Não quero me alongar muito sobre os revezes do roteiro, ou vou ficar me remoendo por muitos parágrafos a respeito dos inúmeros furos que existem em prol da construção de tensão entre os dois protagonistas. Um deles é um fazendeiro em dificuldades financeiras (Bale) que precisa pagar um empréstimo para evitar perder a propriedade, o outro é o maior bandido da região (Russell Crowe), capturado após o último saque perpetrado por seu bando de pistoleiros. Para dar um jeito em sua vida, o fazendeiro aceita fazer parte de um pequeno grupo que deve conduzir o malfeitor até uma estação de trem que o levará ao presídio (no horário que corresponde ao título original do filme). O grupo de bandidos, então liderado pelo mais sanguinário deles (Ben Foster), segue em seu encalço para libertar o líder aprisionado. Os Indomáveis não é um longa-metragem original, mas sim uma refilmagem. O excelente trabalho de fotografia e a boa atuação do elenco (em especial Russell Crowe) garantem uma bela e tensa sessão, mas como mencionei as concessões em prol da relação tempestuosa que se forma entre os personagens principais soam absurdas. O que fazer então? Desligue o cérebro, relaxe e aguarde por mais verossimilhança no próximo faroeste de Hollywood.