Revisto em DVD em 17-OUT-2010, Domingo
Em matéria de refilmagens de longas de horror orientais, raríssimos são os casos de melhoria. Obviamente, O Olho do Mal não é um desses casos. Sem trilhar nenhum percurso que se distancie do conceito do original, o filme definitivamente perde a pouca força que tinha na tela pequena. O que ainda é capaz de manter um pouco do interesse é a carga de fetiche decorrente de um médico antipático e nerd (Alessandro Nivola), que provavelmente não vê mulher há duas décadas, inexplicavelmente cair nas graças de Jessica Alba, a música cega que recupera a visão com um transplante de olhos amaldiçoados. No mais, a menina-prodígio Chloe Moretz também marca presença como a garotinha com uma bola de golfe dentro da cabeça.
Sugestão? Não perca seu tempo com esse aqui, se você não ainda não o viu evite e vá direto à fonte: The Eye - A Herança, dirigido pelos irmãos Pang quando eles ainda não estavam contaminados com ambições ocidentais.
Os extras do DVD consistem de 12 minutos de cenas excluídas/estendidas e especiais curtos de 2 a 8 minutos sobre a cena explosiva do clímax, a maquiagem do ator usado como modelo para o "homem das sombras", o fenômeno usado como ponto de partida para o filme e o processo de aprendizado de Jessica Alba para seu papel, além do trailer de cinema e também dos trailers de Onde os Fracos Não Têm Vez, Como Ela Dança e Cloverfield, exibidos quando o disco é inicializado.
Visto no cinema em 15-MAR-2008, Sábado, sala 2 do Multiplex Pantanal
Se você é fã de Jessica Alba e, bem, sabe tanto quanto eu como as câmeras costumam se enamorar de sua atraente imagem, então é possível que você consiga assistir a esta refilmagem de The Eye - A Herança (Pang Brothers, 2002) sem fazer uma cara muito feia. Mais uma vez, a redundância é o resultado de mais esta empreitada desnecessária, que tenta desesperadamente agregar alguma coisa ao material original com o uso exagerado de efeitos especiais. A premissa, ainda bastante eficiente, é a mesma: moça cega recebe um novo par de córneas num bem-sucedido transplante, mas passa a enxergar tanto os vivos quanto os mortos. Junta-se a isto sustos ocasionais, diálogos nem sempre bem encaixados e uma representação inutilmente agressiva dos seres do além. Para quem viu o original, é perda de tempo. Para quem não viu, talvez valha a pena arriscar.