Fugindo da joça generalizada que é o Carnaval e seus derivados, no feriado passado fomos Fran e eu conhecer as cercanias turísticas de Nobres, cidade do interior de Mato Grosso cuja fama tem aumentado cada vez mais de uns tempos pra cá (latitude 14°43'13" sul, longitude 56°19'39" oeste, altitude 200 metros, população em torno de 18.000 habitantes, área de 7.350 km2). Pra falar a verdade, nem é na cidade que ficam os pontos turísticos, mas perto de um vilarejo a 60 km dela.
A aventura começou no Domingo, dia 14 de Fevereiro. Das várias maneiras de se chegar até lá, decidimos ir pelo caminho da usina de Manso, que eu sabia ser o mais curto. Quando o asfalto acabou, no entanto, pegamos um trecho de terra que chegou a assustar quando fomos forçados a fazer um desvio para não atolarmos miseravelmente em lama que não acabava mais (detalhe: a viatura é um Honda Civic 2007 verde, lindo). Saibam todos que eu nem fazia ideia de que teríamos que pegar tanta terra, e ainda mais com tantos buracos e atoleiro... Mas tudo bem. Entramos pela direita no vilarejo de Bom Jardim e daí chegamos bem à pousada Reino Encantado Lagoa Azul, tendo inclusive que atravessar boiadas e abrir autênticas cercas de fazenda no final dos 160 km de viagem.
Os lugares que visitamos foram:
A chuva foi uma ameaça constante, mas ela só foi pesada mesmo na noite do primeiro dia. Além das emoções de passar por lamaçais de dar medo e de cruzar pontes submersas pela água dos riachos locais (o Estivado quase ficou debaixo d'água), a maior emoção de todas ficou reservada para o final do passeio, assim que subimos o morro retornando da Cachoeira da Serra Azul.
Sabem aquela cagada homérica em que você pensa com todas as letras e predicados possíveis "FODEU" ? Pois é!
Eu tinha perdido a chave do carro em algum lugar na cachoeira!
E não era só a chave do carro. No molho estavam todas a minhas chaves, do carro, de casa, do trabalho, da casa da minha mãe e por aí vai...
Fazer o quê, né? Voltamos de carona pra Cuiabá com a Paola e o Vítor, passando por mais um rally no barro da estrada de Manso (feio, feio mesmo!). Na Quarta-feira, pegamos um carro extra e dirigimos por 200 km pela estrada ainda mais esburacada de Nobres (Manso não, chega!) até chegar à pousada e ao pé da cachoeira. O retorno foi novamente por Nobres, e era aproximadamente 7 horas da noite quando chegamos em casa, sãos e salvos.
Apesar dos percalços, a viagem foi uma experiência ótima. E única, com certeza!
No período da seca vamos retornar, se possível levando mais gente junto. E quem sabe até lá a obra do asfalto fica pronta. Será?
Texto postado por Edward em 22 de Fevereiro de 2010