Visto no cinema em 4-MAR-2012, Domingo, sala 2 do Multiplex Pantanal
A Mulher de Preto é ambientado no interior da Inglaterra durante o início do século 20, com uma introdução que lembra muito o início do Drácula de Bram Stoker apesar do filme não ter nada a ver com vampiros. Advogado com filho pequeno, amargurado com a perda da esposa e pressionado por seus superiores (Daniel Radcliffe) é enviado para cuidar dos papeis do imóvel de uma cliente que acaba de falecer. Ao chegar ao destino ele se depara com uma série de superstições locais envolvendo uma mulher de preto que seria a responsável pelas mortes trágicas de inúmeras crianças. Seu único amigo é um rico aristocrata (Ciarán Hinds) que também perdeu o filho pequeno mas não se mostra supersticioso. Poucos se importarão com o fato do filme ser na verdade uma refilmagem de um longa produzido para a TV, principalmente pelo fato da atmosfera sinistra ser estabelecida muito bem ao longo do filme. Daniel Radcliffe não tem um momento sequer de alegria, tudo sobre seu personagem é triste e trágico. Só faltou mesmo um pouco mais de emoção durante as cenas mais fortes de horror sobrenatural, que trazem bons sustos apesar das muletas mais manjadas do gênero aparecerem aos montes. Há que se elogiar a completa ausência de humor no filme, mesmo que a lógica seja comprometida com fatos como o propósito do protagonista ser completamente esquecido em detrimento da narrativa opressiva.
A continuação A Mulher de Preto 2 - Anjo da Morte se passa algum tempo depois, durante a Segunda Guerra Mundial, mas não tem relação alguma com a história deste filme.