Cinema

Operação Valquíria

Operação Valquíria
Título original: Valkyrie
Ano: 2008
País: Alemanha, Estados Unidos
Duração: 121 min.
Gênero: Suspense
Diretor: Bryan Singer (Jack - O Caçador de Gigantes, X-Men - Dias de um Futuro Esquecido)
Trilha Sonora: John Ottman (A Órfã, Astro Boy, Os Perdedores)
Elenco: Tom Cruise, Bill Nighy, Tom Wilkinson, Terence Stamp, Kenneth Branagh, Thomas Kretschmann, Carice van Houten, Tom Hollander, David Bamber, Eddie Izzard, Jamie Parker, Kevin McNally, Christian Berkel, Andy Gatjen, David Schofield, Ian McNeice
Avaliação: 7/10

Visto no cinema em 27-FEV-2009, Sexta-feira, sala 6 do Multiplex Pantanal

Apesar dos pesares e de todos os problemas envolvendo a produção de Operação Valquíria, é de se admirar que o filme não tenha saído uma porcaria completa. Indo contra o estabelecido para obras sobre a Segunda Guerra Mundial, este não é um filme de guerra, e sim um thriller tenso que a meu ver se mostra bastante simplificado. O máximo de fogos e explosões é visto logo na introdução, que mostra como o tenente Claus Stauffenberg (Tom Cruise) quase perde a vida na África e abraça de vez suas crenças anti-Hitler. Pouco depois ele é recrutado no grupo que planeja derrubar o ditador, vindo a liderar uma missão final que envolve a tal operação "Valquíria": uma série de procedimentos militares de restabelecimento da ordem no país diante de uma situação de caos. Cruise parece definitivamente gostar de interpretar tipos ruins que vêm a luz e lutam pelo bem (vide Jerry Maguire e O Último Samurai), e não faz feio na pele de Stauffenberg, com quem de fato compartilha uma semelhança assombrosa. Há uma atmosfera inerente dentro do filme que tenta suavizar todos os personagens, o que aliado à natureza algo superficial da história impede que o longa se torne pesado. Quem mais se destaca no elenco é Bill Nighy, talvez por este ser o primeiro papel em que o vejo completamente sério. Apesar de não atingir todo o potencial prometido, Bryan Singer parece ter entregue um thriller pelo menos interessante e válido como reconstituição histórica, e atenção ao corte em que o sangue de Stauffenberg deixa seu corpo e atinge o solo alemão que ele tanto amava – uma seqüência aparecentemente simples mas muito bela e, a meu ver, carregada de simbolismo.