Visto no cinema em 3-JAN-2020, Sexta-feira, sala Kinoplex 5 do Shopping Avenida 28
Com a responsabilidade enorme de dar encerramento à saga iniciada por George Lucas em 1977 e retomada pelo próprio em 2001, JJ Abrams retorna à cadeira de diretor que havia ocupado em Star Wars Episódio VII - O Despertar da Força para comandar o fim da trajetória de Rey (Daisy Ridley), Finn (John Boyega) e Poe (Oscar Isaac), os principais nomes da resistência contra o maligno império galáctico após os eventos de Star Wars Episódio VIII - Os Últimos Jedi. Agora plenamente ciente de suas responsabilidades como jedi, Rey trava um embate pessoal contra Kylo Ren (Adam Driver), que continua tentando seduzi-la para o lado negro da força. Todos são surpreendidos, no entanto, com o inesperado retorno do imperador sith Palpatine (Ian McDiarmid), que se manteve abrigado num sistema planetário ultrassecreto à espera do momento ideal para iniciar sua nova ascensão. Medalhões da série retornam em papeis cruciais (caso da princesa Leia de Carrie Fisher, em participação póstuma) e outros nem tanto (caso do Lando Calrissian de Billy Dee Williams), cenários grandiosos de batalha se alternam com tentativas de expandir o escopo bélico ao máximo e demonstrações do embate jedi × sith tentam ampliar a mitologia dos filmes anteriores com poderes que soam forçados demais (o teleporte de matéria através do contato telepático).
Pequenos detalhes e toques sutis, como o sorriso de canto de boca que Adam Driver faz em determinados momentos para lhe dar alguma semelhança empática com a figura de Harrison Ford / Han Solo, fazem a alegria dos fãs mais ardorosos da saga. No geral, infelizmente a sensação que fica é que a equipe de produção tentou abraçar coisas demais num filme que tenta desesperadamente se retratar de eventos recentes, com um resultado que dificilmente terá o impacto dramático da série clássica, pelo menos no curto prazo. No longo prazo somente o tempo será capaz de dizer.