Visto no cinema em 18-DEZ-2017, Segunda-feira, sala Cinemark 1 do Shopping Goiabeiras
Para o oitavo capítulo da saga espacial mais famosa da história do cinema, a tônica que domina o filme é perseguição: seja dos rebeldes pela nova ordem intergaláctica, da nova jedi Rey (Daisy Ridley) pelo novo líder maligno supremo Snoke (Andy Serkis) ou da plateia tentando entender o que está por trás das atitudes amargas do mestre jedi Luke Skywalker (Mark Hamill, em retorno de gala à tela grande). Em meio a isso tudo, Kylo Ren (Adam Driver) faz de tudo para encontrar Rey e entregá-la ao líder supremo como prova de sua lealdade ao lado negro da força, muito embora seus sentimentos por ela não sejam tão antagônicos assim. Une-se à aliança rebelde uma desajeitada nerd (Kelly Marie Tran) que faz uma inesperada parceria com o ex-stormtropper Finn (John Boyega), e que juntos com o piloto Poe Dameron (James Isaac) acabam se convertendo na esperança que poderá dar uma sobrevida aos rebeldes prestes a serem aniquilados.
Como contraponto à perseguição constante que marca a história, o diretor Rian Johnson não se faz de rogado ao trazer um lado sombrio à trajetória dos jedis, manipulando a percepção do espectador sobre o que teria acontecido no passado para que Luke se tornasse um eremita amargurado. Neste ponto Os Últimos Jedi soa como um título inadequado, que somente é justificado numa reta final marcada por um preâmbulo que fica entre a festividade de Uma Nova Esperança e a torturante indefinição de O Império Contra-ataca. A evolução dos personagens pode até não ser do gosto de todos os fãs, mas é válida dentro do que havia sido proposto no longa anterior e se mostra razoavelmente divertida (as piadinhas típicas dos novos tempos não me incomodaram). O único ponto que deixa a desejar é a trilha sonora, que soa meio introvertida diante das fanfarras dos filmes anteriores.
O filme derradeiro desta terceira trilogia é Star Wars Episódio IX - A Ascensão Skywalker.