Visto via Netflix em 9-ABR-2015, Quinta-feira
Tem muita gente que gosta de dizer que "não se mexe em time que está ganhando". Se Sharknado fez inesperado e desmedido sucesso, por que não fazer uma continuação, e por que não manter o mesmo tom de completo desrespeito com tudo o que é mais sagrado em matéria de cinema? Sharknado 2 - A Segunda Onda é tão inepto quanto o hoje lendário primeiro filme, e tem basicamente o mesmo potencial de causar repulsa ou extrema alegria dependendo do tipo de plateia à qual é exposto. Quando um novo tornado de tubarões ameaça a costa leste dos Estados Unidos não são os militares que tomam para si a tarefa de controlar a catástrofe, muito menos a polícia, os Vingadores ou uma divisão especial do FBI. A única pessoa capaz de fazer frente ao fenômeno é novamente o bravo Fin (Ian Ziering), que chega com a ex-esposa (Tara Reid) a Nova York para se encontrar com a irmã (Kari Wuhrer). O nível de ridículo é aumentado mas alguns aspectos minam a eficiência da continuação, como a estarrecedora cena de abertura do filme (nenhuma outra consegue igualá-la), a repetição de ideias e a completa figuração dos personagens coadjuvantes, que não fazem completamente nada a não ser correr pra lá e pra cá durante toda a história. Somente cinéfilos muito veteranos ou atentos notarão presenças nobres em meio ao elenco preguiçoso, como Robert Hays no papel do piloto que é sugado para fora do avião por um tubarão voador. De resto, a direção inepta simplesmente não sabe o que fazer para aproveitar os atores. Somente Ziering parece se esforçar, provavelmente porque recebeu um salário maior, e é visível a falta que faz Cassie Scerbo na pele da personagem Nova Clarke.
A boa notícia para os fãs de tão execrada franquia é que Cassandra Scerbo retorna na parte três, lançada em 2015.