Visto via Netflix em 17-JAN-2014, Sexta-feira
Para os desavisados, o nome Sharknado nada mais é que a junção das palavras Shark e Tornado, que em tradução direta significa "tornado de tubarões". O conceito, provavelmente saído da cabeça de um iluminado em avançado estado alcoolico, foi comprado pelo canal de TV norteamericano SyFy e provou-se relativamente bem-sucedido. O filme causou certo burburinho, chegou a ganhar as telas de cinema em circuito restrito e espera uma continuação para breve. Seguindo um padrão atualizado do estilo Ed Wood de se fazer cinema, o longa mostra o que aconteceria se os tornados do leste dos Estados Unidos passassem a assolar também a Califórnia, com uma única diferença: além de provocar inundações, tais fenômenos naturais arrastam milhares de tubarões de dentro do mar. Tamanha ousadia criativa é igualada somente pela falta de vergonha dos realizadores, que fazem praticamente de tudo com recursos praticamente inexistentes, seja em matéria de roteiro ou de efeitos especiais. A presença de gente como John Heard e Tara Reid no elenco é suspeita, mas não dá para culpar nenhum dos atores pelo que se vê na tela. Afinal, a simples tarefa de manter um semblante sério em meio a toda a pasmaceira deve ter exigido esforços hercúleos de todos os envolvidos.
No frigir dos ovos, o maior diferencial de Sharknado é o fato do filme desrespeitar todos as regras possíveis e aceitáveis. E apesar de ser exagerado, tosco, absurdo, ridículo e intragável, ele ainda se arrisca a surpreender num final apoteótico como poucos. É de dar medo, mas somente se o seu estado de espírito não estiver em sintonia com a ideia de um homem esquartejando tubarões voadores com uma motosserra.
A "saga" continua em Sharknado 2 - A Segunda Onda.