Visto no cinema em 8-AGO-2010, Domingo, sala 4 do Multiplex Pantanal
Se depender do diretor Phillip Noyce e do roteirista Kurt Wimmer (diretor da atrocidade conhecida como Ultravioleta), a Guerra Fria continua mais viva do que nunca. Ou pelo menos dormente. Que o diga Evelyn Salt (Angelina Jolie), uma agente da CIA que é surpreendida por um desertor do serviço secreto russo que a acusa de ser uma espiã russa. E não é só isso, ele declara que a dona vai assassinar o presidente russo em solo americano dentro de um dia. E dá-lhe correria, explosões, assassinato e reviravoltas a torto e a direito. Afinal, ela é ou não é uma espiã? Tirando o fato de que é preciso relevar muita coisa para acompanhar o fluxo narrativo do filme, há de se admitir que ele entretém e empolga. As influências e as comparações com a estética definida por Jason Bourne são inevitáveis, mas Angelina Jolie consegue imprimir sua própria marca na personagem, e a trilha sonora de James Newton Howard é com certeza uma das mais bacanas dos filmes de ação recentes. Apesar de ferir a lógica de forma gritante várias e várias vezes, Salt é paranóico e movimentado, e agrada em cheio aos fãs do gênero que sentem falta de uma personagem feminina forte nas telonas.