Cinema

A Hora do Pesadelo 2 - A Vingança de Freddy

A Hora do Pesadelo 2 - A Vingança de Freddy
Título original: A Nightmare on Elm Street Part 2 - Freddy's Revenge
Ano: 1985
País: Estados Unidos
Duração: 87 min.
Gênero: Terror
Diretor: Jack Sholder (O Escondido, Renegados pela Justiça, 12:01 - Meia-noite e Um)
Trilha Sonora: Christopher Young (Invasores de Marte, Heavy Metal do Horror, Hellraiser - Renascido do Inferno)
Elenco: Mark Patton, Kim Myers, Robert Rusler, Clu Gulager, Hope Lange, Marshall Bell, Melinda O. Fee, Tom McFadden, Sydney Walsh, Robert Englund, Edward Blackoff, Christie Clark, Lyman Ward, Donna Bruce, Hart Sprager, Allison Barron, JoAnn Willette
Distribuidora do DVD: Playarte
Avaliação: 2

Esta é a primeira seqüência do sucesso A Hora do Pesadelo, o filme que apresentou às platéias de cinema o assassino dos sonhos Freddy Krueger. Do elenco do primeiro filme, o único que volta é Robert Englund, o próprio Freddy.

Cinco anos depois dos eventos da primeira história, uma família muda-se para a casa onde uma jovem ficou louca após seu namorado ser assassinado na casa da frente (Nancy, do primeiro filme). Jesse, o adolescente, começa a ter estranhos sonhos com um horrível homem desfigurado munido de uma luva com navalhas na mão direita. Aparentemente, Freddy deseja tomar posse de seu corpo para continuar a matança no mundo dos vivos.

É incrível como uma idéia tão bem bolada como o conceito original de Wes Craven pôde ser transformada numa bobagem de proporções catastróficas. O roteiro é tão absurdo, mas tão absurdo, que tudo o que resta ao espectador a partir do meio da história é desistir de encontrar qualquer vestígio de coerência. Passagens ridículas como a do periquito assassino (!) que sofre combustão espontânea sepultam qualquer esperança que ainda se possa ter durante a projeção do filme, e o queijo suíço em que ele se transforma nem mesmo é digno de representar algo na cronologia da série, que simplesmente desconsidera esta obra indecente. O elenco, fraco, tem como curiosidade uma quase sósia de Meryl Streep (Kim Myers).

Difícil entender como o então promissor diretor Jack Sholder (que faria o ótimo The Hidden - O Escondido no ano seguinte e mais tarde cometeria o fraco Geração X) possa ter comandado tamanha atrocidade. Freddy é de fato a única coisa que vale uma olhadinha neste lixo. Ele ainda não é um palhaço, e pelo menos mantém a mesma índole assassina da obra original de Craven, apesar das deixas absolutamente imbecis para suas aparições. Há, por exemplo, algumas cenas bem feitas de dilaceração de vítimas. Porém, se alguém acha que a farra da festa à beira da piscina e as pataquadas de Freddy diante dos convidados são o máximo de degradação que o filme pode cometer, espere até o final. Medonho. Simplesmente medonho.

O filme foi seguido por A Hora do Pesadelo 3 - Os Guerreiros dos Sonhos.

Uma curta biografia de Robert Englund preenche a seção raquítica de extras, assim como o trailer do DVD de Freddy Vs. Jason.

Texto postado por Kollision em 10/Agosto/2004