Revisto em DVD em 18-ABR-2014, Sexta-feira
Quanto mais penso sobre a história deste filme, mais confuso fico. A premissa de Minority Report, filme baseado num conto de Philip K. Dick, é como o inverso da ideia mais popular que temos de viagens no tempo: primeiro você vislumbra o futuro para tentar evitá-lo, não é ele ou alguém dentro dele que vem até você – a não ser que as visões de três pessoas superdotadas (os "pre-cogs") possam ser vistas como tal. Num lado do espectro está o policial feito por Tom Cruise, que chefia uma unidade da divisão pré-crime no ano 2054 e cuja função é detectar assassinatos com a ajuda dos pre-cogs, agindo no sentido de evitá-los e prendendo o quase-perpetrador do crime em seguida. Existente há seis anos e responsável pela nulificação da criminalidade em Washington, o programa está prestes a abranger todo o país conforme envisionado por um de seus criadores (Max Von Sydow, fantástico). Os problemas começam a ocorrer com a chegada de um auditor implacável (Colin Farrell) e a revelação de que o próximo assassinato a ser impedido será cometido por ninguém menos que o chefe da unidade pré-crime, ou seja, o próprio Tom Cruise. E dá-lhe correria e perseguições com direito à interpretação Spielbergiana de um futuro onde os sistemas de controle ainda sucumbem ao capricho de seus criadores. Minority Report é bonito o bastante para um trabalho com fotografia propositalmente desbotada, e movimentado a tal ponto de nos fazer questionar onde exatamente o conflito começa e onde ele termina.
E eu ainda estou confuso!
O segundo disco da edição dupla do DVD vem com um making-of de quase uma hora e meia estratificado em várias seções menores, além de arquivos de arte conceitual para a produção e os storyboards, biografias do elenco e da equipe de produção, artigos em texto, três trailers e o trailer do jogo baseado no filme, lançado para Playstation 2 e Xbox. Tudo é devidamente legendado em português.