Visto no cinema em 2-MAR-2011, Quarta-feira, sala 3 do Multiplex Pantanal
George VI foi o rei da Inglaterra durante o período mais conturbado do país no século 20. Ele escreveu parte da história da nação, mas não sem lutar contra um problema pessoal que lhe afligiu durante a maior parte da vida: a gagueira. O Discurso do Rei, ganhador dos Oscars de melhor filme, direção, ator e roteiro original, retrata esse peculiar aspecto da trajetória do rei Albert/George (Colin Firth), iniciando pelo período em que ele conhece Lionel Logue (Geoffrey Rush), um terapeuta da fala que o ajuda a superar o problema. O filme culmina no discurso de Setembro de 1939, que conclamou os povos sob o domínio britânico a entrar em guerra contra a Alemanha. Sem em nenhum momento ostentar o estigma de "drama de Oscar", o filme é muito interessante e até mesmo bem-humorado em sua caracterização da realeza inglesa. Não há dúvidas de que a dupla Firth e Rush brilha ao longo de toda a história, compondo um relacionamento marcado por uma amizade improvável, que conferiu um senso de humanidade absolutamente inesperado a um monarca austero. Pelo que o filme mostra, quase dá para compreender a importância prática de um sistema político monárquico, mesmo sem ser inglês. Se é que vocês me entendem.