Visto no cinema em 22-NOV-2010, Segunda-feira, sala 7 do Multiplex Pantanal
Como orgulhoso ignorante da prosa original de J. K. Rowling, a única visão que sempre tive dos filmes de Harry Potter foi como trabalhos de cinema. E, como tal, este Relíquias da Morte - Parte 1 é prova cabal de que não havia necessidade de dividir a obra em dois filmes. Tudo me leva a crer que isso não passa de artifício para lucrar ainda mais com esta que é uma das séries mais bem-sucedidas do cinema moderno. A parte da história que mostra o trio de jovens perdidos na floresta, por exemplo, poderia ter sido perfeitamente condensada em no máximo 20 minutos. A estrutura mostrada no filme é muito longa, excluindo a exposição que seria necessária aos demais personagens. Como plateia, eu me senti injustiçado por não saber o que acontece direito na escola ou o que se passa com os demais personagens enquanto o trio parada dura passa meses acampando e vivendo de vento. O que terá acontecido, por exemplo, à dona feita por Maggie Smith, uma das personagens mais inúteis de toda a trama? Por que ignorar o que os outros estão fazendo nesse ínterim? Se isso vai ser explicado na segunda parte eu não sei, mas do jeito que está esta primeira parte é com certeza o capítulo mais decepcionante desde que Alfonso Cuarón deu uma cara decente à série.
A saga se encerra em Harry Potter e as Relíquias da Morte - Parte 2.