Visto via Netflix em 21-MAI-2015, Quinta-feira
Personagem de segundo escalão da DC Comics, Jonah Hex é em sua origem um justiceiro de rosto desfigurado que vaga pelo velho oeste no período mais efervescente da pós-guerra civil norteamericana. Transportado para o cinema nesta adaptação roteirizada pela dupla Neveldine/Taylor, Hex ganhou o corpo de Josh Brolin e uma história carente de imaginação que não consegue empolgar ou sequer fazer jus ao personagem. Além de ser um temido e exímio pistoleiro, aqui ele possui o dom adicional de "conversar" com os mortos. A introdução explica aos trancos e barrancos como surge sua rixa com um cruel terrorista (John Malkovich) que está causando o inferno por onde passa, o que motiva o próprio presidente (Aidan Quinn) a conceder ao fora-da-lei Hex carta livre para interceptá-lo. Carente de ritmo e sem qualquer noção decente de edição, Jonah Hex - O Caçador de Recompensas é marcado também pela mediocridade típica da incompetente dupla de roteiristas, que continua a entregar histórias simplórias e sem alma, disfarçadas por cacoetes cênicos e adornadas por efeitos especiais que funcionam isoladamente mas em nada colaboram com o panorama geral do filme, que ainda teima em querer ser violento sem abandonar a censura PG-13. Brolin faz o que pode com o que tem em mãos mas não faz milagre, enquanto Megan Fox só aparece para justificar uma única presença feminina num filme onde só há cuecas. Michael Fassbender se inspira no Alexander Delarge de Laranja Mecânica para compor o lacaio maluco do bandido, e só consegue mesmo é pagar mico por tabela.