Visto no cinema em 6-JAN-2011, Quinta-feira, sala 4 do Multiplex Pantanal
Para o bem ou para o mal, o gênero slasher adolescente deve muito a Wes Craven graças ao sucesso de Pânico. A Sétima Alma tem muito do mesmo estilo, mas desta vez o cineasta adiciona à fórmula um toque sobrenatural que deixa o filme ligeiramente fora dos trilhos tanto como um thriller quanto como um trabalho de horror sobrenatural. A cena de abertura é o que provavelmente há de mais bombástico na história: depois de matar várias pessoas, um homem que sofre de distúrbio de múltiplas personalidades faz um estrago em sua própria família e na força policial de uma pequena cidade, transformando-se num tipo de lenda local. 16 anos depois, sete adolescentes nascidos na noite de sua morte/desaparecimento começam a ser assassinados um a um, no que seria a concretização da profecia do serial killer de possuir um deles e terminar o que começara quando em vida. Experiente, Wes Craven é o tipo de cineasta capaz de infundir até mesmo coisas descartáveis como esta com um senso de diversão que poucos longas de horror hoje em dia conseguem apresentar. A primeira metade do filme é ótima em matéria de humor negro, com uma atmosfera estudantil genuinamente bizarra. O roteiro só incomoda mesmo quando entra em seu terço final e o mistério sobre o assassino se afunila, com muitas revelações e um certo excesso de pistas falsas.