Visto no cinema em 28-JUN-2015, Domingo, sala Cinemark 4 do Shopping Goiabeiras
Em teoria, a proposta de Divertida Mente é fantástica. Nela, o comportamento dos seres humanos seria na verdade comandado por pequenas criaturas que vivem em seus cérebros, cada uma delas responsável por um tipo de emoção, como alegria, raiva, tristeza, medo ou nojo. No entanto, esta animação potencializa o lado melancólico ensaiado com certa doçura no trabalho anterior do diretor Pete Docter, o oscarizado Up - Altas Aventuras. E ao potencializar esse lado melancólico, o resultado é que Divertida Mente pode ser tudo, menos divertido. Sim, há momentos onde é possível rir, mas atrevo-me a dizer que 90% deles foram incluídos no trailer que mostra a comunicação entre dois adultos numa mesa de jantar. O resto consiste num crescendo de suspense capitaneado pela Alegria (voz de Amy Poehler) e pela Tristeza (voz de Phyllis Smith), que tentam a todo custo recuperar as emoções de uma garotinha (voz de Kaitlyn Dias) que está infeliz com a mudança de sua família do interior para a cidade de São Francisco. As gags visuais capazes de fazer rir são esparsas, e cedem lugar a um sentimentalismo que deixa o filme carregado demais, o que se torna ainda mais grave quando se percebe que mocinha humana carece de carisma.