Cinema

A Casa do Espanto IV

A Casa do Espanto IV
Título original: House IV
Ano: 1991
País: Estados Unidos
Duração: 94 min.
Gênero: Terror
Diretor: Lewis Albernathy
Trilha Sonora: Harry Manfredini (Águia de Aço 3 - Ases do Céu,   Namorado Gelado, Coração Quente!,   Jason Vai para o Inferno - A Última Sexta-feira)
Elenco: Terri Treas, William Katt, Scott Burkholder, Denny Dillon, Melissa Clayton, Dabbs Greer, Ned Romero, Ned Bellamy, John Santucci, Mark Gash, Paul Keith, Annie O'Donnell, Kevin Goetz, Caroline Mignini, Steve Vinovich
Distribuidora do DVD: Spectra Nova
Avaliação: 2

Já que a série iniciada por A Casa do Espanto (Steve Miner, 1986) tinha sido avacalhada de vez com uma terceira parte que em comum com os demais filmes só tinha a produção de Sean S. Cunningham e a presença do compositor Harry Manfredini, o único jeito foi lançar este filme como A Casa do Espanto IV, muito embora sua história se passe após os eventos mostrados na primeira parte. O que não significa que houve qualquer melhoria no nível da realização, numa série que afundou vergonhosamente e só conseguiu chegar à quarta parte porque, na época, tais asneiras ainda estavam na moda. Única produção da carreira do diretor Lewis Albernathy, este foi o filme que encerrou em constrangedora vergonha uma das séries que mais prometiam no cinema de horror contemporâneo.

O escritor Roger Cobb (William Katt) visita a antiga casa de sua família com a esposa (Terri Treas) e a filha (Melissa Clayton) para avaliar a sua venda com o meio-irmão (Scott Burkholder). Apesar de seus protestos, Roger decide permanecer com a casa, que tem fama de ser 'mágica', e parte em viagem com a família. No entanto, ele vem a morrer num bizarro acidente de carro durante o trajeto, o que motiva sua esposa e sua filha a se mudarem para a casa que seu irmão tanto queria vender. Além da constante pressão pela venda da propriedade, mãe e filha passam a lidar também com estranhos fenômenos fanstasmagóricos que começam a acontecer dentro do lugar.

O fato do filme retomar o personagem principal do primeiro episódio da série não é garantia alguma de que as coisas voltaram a ser como era antes (leia-se: um nível mínimo de realização cinematográfica). Para começar, nenhuma explicação é dada para o desaparecimento da antiga família do escritor, que terminou a primeira aventura feliz com esposa e filho pequeno. Nem a tão badalada casa assombrada é a mesma, ou pelo menos não parece ser, já que nenhuma indicação a favor está presente nesta parte IV. Com a morte do herói logo no começo da história, lá se vai qualquer associação com o único filme da série que prestou para alguma coisa.

O aspecto mais infeliz desta continuação é a insistência em copiar a estética de A Hora do Pesadelo, resultando em passagens que vão de patéticas (a pizza humana) a razoáveis em sua essência (o chuveiro que libera sangue). A indecisão do roteiro faz confusão com a natureza das aparições, declaradamente hostis no início mas que tomam um outro rumo quando o mistério acerca da morte do protagonista começa a ser revelado. O nível de infâmia dos diálogos não chega a eclipsar o todo, numa colcha de retalhos que ameaça demonstrar algo interessante quando um bandido na forma de um anão (Mark Gash) é introduzido na história. A bizarrice das cenas em que ele aparece ajuda a salvar o filme da perda total. Outra coisa aterradora (de ruim) é a trilha sonora durante a seqüência do clímax, que parece ter sido trocada com alguma outra coisa não-identificada na sala de edição antes do corte final do filme.

Os únicos extras presentes no DVD são biografias curtas de William Katt e Terri Treas.

Texto postado por Kollision em 25/Setembro/2005