Cinema

A Casa do Espanto

A Casa do Espanto
Título original: House
Ano: 1986
País: Estados Unidos
Duração: 93 min.
Gênero: Terror
Diretor: Steve Miner (Uma Escola Muito Louca, Mergulho em uma Paixão, Eternamente Jovem)
Trilha Sonora: Buddy Feyne, Harry Manfredini (Sexta-feira 13 - Parte VI: Jason Vive, Massacre no Colégio)
Elenco: William Katt, George Wendt, Richard Moll, Kay Lenz, Mary Stavin, Michael Ensign, Susan French, Alan Autry, Steven Williams, James Calvert, Dwier Brown, Joey Green, Erik Silver, Mark Silver
Distribuidora do DVD: Spectra Nova
Avaliação: 5

Depois do relativo sucesso comercial das primeiras continuações de Sexta-Feira 13, a equipe que realizou os filmes se reuniu e desenvolveu uma das primeiras obras da década de 80 a assumir completamente a alcunha do 'terrir', a mistura então pouco vista de terror e comédia. Dirigida pelo mesmo cineasta que comandara as partes 2 e 3 da saga de Jason, produzida pelo diretor da parte 1 e musicada pelo mesmo compositor da série, A Casa do Espanto ganhou vida com o aval do produtor executivo Roger Corman. Na verdade, não há nada de muito novo exceto o lado 'comédia', já que o filme consiste basicamente de mais um conto macabro sobre uma casa mal-assombrada.

Após a morte de sua tia idosa na casa em que morara no passado, o escritor Roger Cobb (William Katt) decide se mudar para lá à procura de inspiração para escrever seu novo livro, baseado em suas experiências como combatente no Vietnã. Separado da esposa (Kay Lenz) e ainda pesaroso com o misterioso desaparecimento do filho enquanto morava na mesma casa, Roger começa a presenciar e se torna vítima de estranhas aparições sobrenaturais em vários cômodos do lugar. Pentelhado por um vizinho intrometido (George Wendt) e pela bela loira que costuma nadar em sua piscina (a ex-Miss Mundo Mary Stavin), Roger tenta de todas as formas filmar e fotografar os fantasmas em sua casa, vindo eventualmente a suspeitar que tudo pode estar na verdade relacionado a algum acontecimento trágico de seu próprio passado.

O que pode haver entre uma parede e outra além de argamassa, tijolos ou madeira? E se o monstro do armário realmente existir e se manifestar somente depois da meia-noite? É em idéias deste tipo que o roteiro indeciso de A Casa do Espanto se sustenta, fazendo graça e ao mesmo tempo querendo meter medo, sem ser muito convincente em nenhuma das duas coisas. O que começa como uma história de fantasmas ganha logo nuances de Poltergeist, lançando mão a partir daí de uma realidade alternativa que cobra muito da lógica e da credibilidade da platéia. Talvez seja essa a razão de porque o filme envelheceu tanto desde a época em que foi lançado.

A produção não é suntuosa, somente adequada à estatura do filme. Infelizmente, os sets da floresta e da guerra do Vietnã não são nem de longe convincentes, e nem a casa é tão assustadora assim. Os bons momentos vêm praticamente da interação entre o elenco, que protagoniza uma cena engraçada aqui e ali. William Katt dá o sangue pelo filme, protagonizando uma história que perde o rumo de forma quase patética em seu final, desapontando quem espera algo mais da promissora introdução.

Há um making-of da época de 12 minutos de duração na seção de extras do DVD, além de dois trailers, uma galeria de fotos animada e biografias curtas de William Katt e George Wendt.

A saga da casa maluca continua em A Casa do Espanto II.

Texto postado por Kollision em 18/Setembro/2005