Revisto em DVD em 14-ABR-2012, Sábado
Levando-se em conta alguns dos nomes envolvidos, como o produtor Sean Cunningham (diretor do original) e o compositor Harry Manfredini (que retorna após um hiato de dois capítulos), chega a ser inacreditável o baixo nível deste nono filme da série. Jason Vai para o Inferno é tão ruim que a péssima Parte VIII chega a ser fantástica em comparação. Trata-se de como subverter toda uma mitologia de forma completamente porca sem acrescentar absolutamente nada de interessante à fórmula. Por algum motivo misterioso Jason conseguiu escapar de Nova York, e logo no início do filme ele é capturado e explodido em mil pedaços por militares. Quando todos acreditam que sua carreira assassina terminou ficamos sabendo que há mais sobre Jason do que sempre pensamos, e para nos ensinar chega um caçador de recompensas metido a oráculo (Steven Williams). Somente ele sabe porque o assassino agora é capaz de possuir corpos e porque ele deseja chegar até duas mulheres para fazer sei-lá-o-quê com elas. O desastre é completo: elenco inepto, roteiro acéfalo, direção sem sentido e até mesmo bolsões de chatice garantem o fundo do poço. A única coisa razoavelmente bem-feita são alguns efeitos especiais de gore e maquiagem. Fãs de longa data captarão as referências desonrosas a grandes nomes do gênero e à própria série, que satiriza Kane Hodder ao colocá-lo como vítima de "si mesmo". De todas as coisas escabrosas que este filme representa a única passagem que rendeu algo de positivo foi a cena final, que se tornou o prelúdio para o primeiro grande crossover do cinema de horror moderno.
Mas a saga de Jason Voorhees não acaba aqui, como indica a existência do décimo capítulo da série, o futurístico Jason X.
O DVD da Playarte não traz nenhum extra.