Visto no cinema em 16-SET-2008, Terça-feira, sala 5 do Multiplex Pantanal
Esta continuação consegue superar por pouco o primeiro filme, mas não é lá grande coisa. Para mim, Hellboy representa um contraste incômodo. Não sei se isso é culpa da representação dada por Guillermo Del Toro no cinema ou se é herança da HQ de Mike Mignola, já que eu nunca cheguei o ler o material, mas é difícil digerir um conto fantástico onde a cria do inferno porta-se como um grandalhão apaixonado e, acima de tudo, corretíssimo ao lado do bem. A nova aventura se desdobra sobre a ameaça de um herdeiro do além (Luke Goss) revoltado com a humanidade, que deseja acordar seu exército invencível de andróides dourados para exterminar a raça humana. Hellboy (Ron Pearlman) está às turras com a namorada pirocinética Liz (Selma Blair), mas ainda conta com a ajuda do anfíbio Abe (Doug Jones) e do recém-chegado espectro embalsamado Johann Krauss (voz de Seth McFarlane). As novas criaturas que aparecem no filme são claros spin-offs do ótimo O Labirinto do Fauno, e a ação é mais homogênea que no primeiro longa. Os contras ficam por conta dos efeitos especiais da pirocinese de Selma Blair, que não convencem, e de um adversário que soa simplesmente invencível, o que torna o resultado de sua luta final com Hellboy meio forçado. E que tipo de namoro é esse entre o vermelhão e a magricela, que não trocam nem mesmo um beijinho durante todo o filme?