Visto no cinema em 22-MAI-2014, Quinta-feira, sala Cinemark 1 do Shopping Goiabeiras
A figura do lagartão vitaminado conhecido como Godzilla evoluiu de muitas formas desde que apareceu pela primeira vez numa ousada produção japonesa da década de 50. O bicho mudou de lado muitas vezes, combateu outras criaturas gigantescas, protagonizou muitos filmes de qualidade extremamente duvidosa e deu origem a um punhado de cópias. Já houve uma versão americanizada, dirigida por Roland Emmerich em 1985 sem qualquer influência nipônica explícita. Esta nova releitura, no entanto, começa em terras japonesas e termina em solo norteamericano, enquanto tenta a todo custo costurar uma justificativa cientificamente plausível para a aparição do réptil gigantesco nos dias de hoje. Há o personagem comum ao redor do qual a trama se desenrola (o soldado feito por Aaron Taylor-Johnson), o militar obstinado (David Strathairn) e o cientista incrédulo (Ken Watanabe), que neste caso passa o filme todo entorpecido e com uma expressão perdida. Watanabe é mesmo uma piada, parece que ele e sua igualmente inútil assistente (Sally Hawkins) foram largados pelo diretor em cena sem uma orientação sequer. Patacoadas narrativas à parte, os fãs do monstro podem ao menos se contentar com a generosa presença cênica de Godzilla, com direito a cusparadas de fogo e embates titânicos regados a muita destruição. Pena que não haja nenhum corpo desmembrado ou mesmo um litrinho de sangue sequer... Aí sim teríamos algo realmente digno de nota.
O lagartão vitaminado volta a aparecer na sequência Godzilla II - Rei dos Monstros, já inserido num universo próprio do qual também faz parte o filme Kong - A Ilha da Caveira.