Cinema

Arraste-me para o Inferno

Arraste-me para o Inferno
Título original: Drag Me to Hell
Ano: 2009
País: Estados Unidos
Duração: 99 min.
Gênero: Terror
Diretor: Sam Raimi (Oz - Mágico e Poderoso, Doutor Estranho no Multiverso da Loucura)
Trilha Sonora: Christopher Young (Criação, O Amor Acontece, Quando em Roma)
Elenco: Alison Lohman, Justin Long, Lorna Raver, Dileep Rao, Adriana Barraza, David Paymer, Reggie Lee, Chelcie Ross, Molly Cheek, Bojana Novakovic, Kevin Foster, Alexis Cruz, Ruth Livier, Shiloh Selassie, Flor de Maria Chahua, Ted Raimi
Avaliação: 8/10

Visto no cinema em 31-AGO-2009, Segunda-feira, sala Cinemais 3 do Shopping Três Américas

Ver Sam Raimi retornando à velha forma que demonstrara nos clássicos A Morte do Demônio e Uma Noite Alucinante era algo impensável há alguns anos atrás, quando o cara foi catapultado a diretor de blockbusters com a série do escalador de paredes. Pois então, Arraste-me para o Inferno chega para quebrar o jejum de terror à la Raimi e para brindar todos os fãs do gênero com uma diversão de primeira. Quem conhece a história pregressa do diretor vai se sentir em casa, e quem não faz ideia de quem ele é ou jamais ouviu falar sobre os filmes que mencionei acima vai se deparar com algo pouco visto nos filmes de terror dos últimos anos: uma combinação matadora de sustos, escatologia e humor.

A história de fantasmas é clássica, e envolve uma maldição jogada por uma cigana (Lorna Raver) sobre uma bancária ingênua (Alison Lohman) que toma uma atitude nada agradável para com a pobre velha. Em três dias a moça deverá ser levada para o inferno por um demônio, tempo mais que suficiente para que ela sofra o diabo e tente correr atrás do prejuízo com a ajuda do namorado (Justin Long) e de um grupo de videntes mercenários. Por vezes Lohman é transformada numa versão feminina de Ash, papel antológico de Bruce Campbell, enquanto o roteiro co-escrito por Raimi e seu irmão abre espaço para uma dose generosa de humor negro. Houve apenas um momento em que o CGI me pareceu exagerado e inadequado (quando os olhos da velha espirram e... bem, quem assistiu à Morte do Demônio sabe o que acontece), mas em geral os efeitos são bons e usados somente em prol da história. No mais, não há motivos para repreender o filme, que consegue ser tétrico e ao mesmo tempo bem divertido. Os fãs agradecem, e eu espero que Raimi não fique mais tanto tempo distante do gênero que o consagrou.