Cinema

Doutor Estranho no Multiverso da Loucura

Doutor Estranho no Multiverso da Loucura
Título original: Doctor Strange in the Multiverse of Madness
Ano: 2022
País: Estados Unidos
Duração: 126 min.
Gênero: Ficção científica
Diretor: Sam Raimi (A Morte do Demônio, Dois Heróis Bem Trapalhões, Uma Noite Alucinante)
Trilha Sonora: Danny Elfman (As Grandes Aventuras de Pee-wee, De Volta às Aulas, Os Fantasmas Se Divertem)
Elenco: Benedict Cumberbatch, Elizabeth Olsen, Chiwetel Ejiofor, Benedict Wong, Xochitl Gomez, Rachel McAdams, Jett Klyne, Julian Hilliard, Michael Stuhlbarg, Hayley Atwell, Anson Mount, Lashana Lynch, John Krasinski, Patrick Stewart, Charlize Theron, Bruce Campbell
Avaliação: 6/10

Visto via Disney Plus em 25-SET-2022, Domingo

Desde que estreou em seu filme de origem, o mestre das artes místicas e mago supremo conhecido como Doutor Estranho (Benedict Cumberbatch) viveu algumas grandes aventuras como um integrante de luxo dos Vingadores, tendo também aparecido como convidado especial em outros filmes do universo cinematográfico Marvel. O personagem ajudou o Homem-Aranha a lidar com problemas pessoais em Homem-Aranha - Sem Volta para Casa, e Doutor Estranho no Multiverso da Loucura é de certa forma um desdobramento do que foi visto de relance no épico aracnídeo. Desta vez o conceito de multiverso é escancarado com a chegada à Terra de uma jovem interdimensional chamada America Chavez (Xochitl Gomez) e de outra versão do Dr. Estranho, que estão sendo implacavelmente perseguidos por criaturas sinistras. O problema é que America detém o poder de viajar através de múltiplos universos, porém não o controla. Para tentar entender o que está acontecendo e ajudar a protegê-la, Estranho procura a ajuda da Feiticeira Escarlate (Elizabeth Olsen), que está em reclusão desde que se deu conta de seus próprios atos ao final da série televisiva Wandavision.

Como observado pela breve sinopse acima, Doutor Estranho no Multiverso da Loucura é o primeiro filme do MCU a abraçar completamente a fusão entre cinema e TV, sendo que para entender o filme a contento é necessário que a plateia tenha assistido a Wandavision. Dada a importância da Feiticeira Escarlate para a história, é até possível considerá-la como a personagem principal do filme, e aí reside uma das muitas falhas cometidas pelo roteiro dirigido por ninguém menos que Sam Raimi, voltando à cadeira de diretor de um longa de super-herois desde Homem-Aranha 3, realizado em 2007. Raimi consegue imprimir seu estilo peculiar à narrativa, inclusive fazendo com que o filme seja considerado o primeiro longa de horror do MCU – na minha opinião não é para tanto, mas elementos como possessão, cadáveres possuídos e mortes violentas colaboram para essa percepção. Infelizmente, ao longo de vários trechos a história parece girar em círculos, com personagens que soam mal aproveitados e resoluções apressadas. Pelo menos tudo é muito movimentado, com efeitos especiais acachapantes e surpresas interessantes envolvendo variantes interdimensionais de rostos conhecidos do universo Marvel, que definitivamente fazem a alegria dos fãs mais ardorosos das HQs e do histórico da Marvel no cinema e na TV.