Cinema

Deadpool

Deadpool
Título original: Deadpool
Ano: 2016
País: Canadá, Estados Unidos
Duração: 108 min.
Gênero: Ficção científica
Diretor: Tim Miller
Trilha Sonora: Tom Holkenborg (Batman Vs. Superman - A Origem da Justiça, Amaldiçoada [2016], Spectral)
Elenco: Ryan Reynolds, Ed Skrein, Morena Baccarin, T.J. Miller, Brianna Hildebrand, Gina Carano, Leslie Uggams, Karan Soni, Jed Rees, Isaac C. Singleton Jr., Michael Benyaer, Rob Hayter, Style Dayne, Kyle Cassie, Taylor Hickson, Greg LaSalle
Avaliação: 8/10

Visto no cinema em 14-FEV-2016, Domingo, sala 1 do Multiplex Pantanal

Sob muitos aspectos, o personagem Deadpool é um verdadeiro fenômeno. Criado por um desenhista polêmico para ser coadjuvante dentro de uma série cambaleante do universo dos X-Men, poucos anos depois ele ganhou revista própria e construiu uma fama que chega a igualar ou mesmo superar medalhões como Wolverine, Capitão América e Homem de Ferro. Ou vocês acham que o frisson em torno dele é algo que surgiu da noite para o dia como um produto de marketing safado da mesma forma que Guardiões da Galáxia? Ledo engano, caros amigos não iniciados, ledo engano...

Também chamado de mercenário tagarela, Deadpool nasceu como vilão e passou a transitar entre a tênue linha que separa o heroi do anti-heroi de índole obscura, neste caso carregado de muita loucura, humor e quebra de protocolo sobre tudo o que é normal para o padrão de uma HQ da Marvel. E é exatamente daí que vem sua fama e de onde surgiu a força para produzir um longa-metragem dedicado a ele, principalmente depois do fiasco que foi sua representação no malfadado X-Men Origens - Wolverine. Ryan Reynolds perseguiu o papel principal como um urubu à caça de carniça, e tenho que dizer que o resultado é bastante fiel às origens. A tagarelice, o humor nonsense, a violência crua e as inúmeras piadas estão todas lá, das que funcionam às que não funcionam. Sangue e vísceras saltam na tela, o personagem quebra a quarta parede com frequência e faz graça de tudo e de todos.

É possível fazer muitas ressalvas ao roteiro que reconta a origem de Wade Wilson e seu alter-ego, colocando-o em busca do homem que é o responsável pela cura de seu câncer terminal e por conferir a ele superpoderes de regeneração à custa de uma dor inimaginável. A história vai e vem no tempo e faz uma exposição narrativa esperta ao situar-se dentro do universo dos X-Men, incluindo aí uma participação absolutamente supérflua de Colossus (em corpo capturado digitalmente) e de uma aprendiz de poucas palavras (Brianna Hildebrand). Tudo em nome da diversão e do exagero que tem caracterizado a HQ por anos. Ponto para a Fox e que venha a inevitável sequência!