Cinema

Um Príncipe em Nova York 2

Um Príncipe em Nova York 2
Título original: Coming 2 America
Ano: 2021
País: Estados Unidos
Duração: 110 min.
Gênero: Comédia
Diretor: Craig Brewer (Entre o Céu e o Inferno, Footloose - Ritmo Contagiante, Meu Nome é Dolemite)
Trilha Sonora: Jermaine Stegall (Efeitos Secundários, BTK - Um Assassino em Série, Na Mira da Vingança)
Elenco: Eddie Murphy, Arsenio Hall, Jermaine Fowler, Wesley Snipes, Shari Headley, Leslie Jones, Tracy Morgan, KiKi Layne, Nomzamo Mbatha, James Earl Jones, John Amos, Teyana Taylor, Vanessa Bell Calloway, Morgan Freeman, Akiley Love, Louie Anderson
Avaliação: 7/10

Visto via Amazon Prime Video em 2-AGO-2021, Segunda-feira

Quando um filme, além de ter sido sucesso estrondoso de crítica e público, atinge também o status de herança cultural de uma época específica, seu legado é algo com o qual produtores devem trabalhar com muitíssimo cuidado. Um Príncipe em Nova York, dirigido por John Landis em 1988, é um desses casos. Quando a sequência foi anunciada a apreensão dos fãs foi enorme, seja pela preocupação quanto à qualidade da história ou quanto a quais membros do elenco retornariam. O fato é que em nenhum momento era esperado que Um Príncipe em Nova York 2 superasse o original, porém o simples fato dele manter um certo respeito com os personagens já um feito e tanto. Depois que sobe ao trono do reino de Zamunda, o agora rei Akeem (Eddie Murphy) descobre que tem um filho bastardo morando nos Estados Unidos, o que seria a salvação da nação já que nenhuma de suas três filhas poderia ser sua sucessora (honra reservada somente a um filho homem) e o jovem poderia também apaziguar os crescentes conflitos com o ditador de um país vizinho (Wesley Snipes). Acompanhado de seu amigo e conselheiro Semmi (Arsenio Hall) ele consegue localizar o rapaz (Jermaine Fowler), que só aceita ir à África se sua mãe (Leslie Jones) for junto. O choque cultural entre as duas famílias é inevitável, mas será que o jovem será capaz de assumir seu papel como príncipe?

Com a triste exceção de Eriq La Salle, o retorno de praticamente todos os personagens principais (e vários coadjuvantes) do longa original é louvável, assim como as fantásticas sequências pseudo-musicais do reino de Zamunda. No entanto, o filme se sustenta demais nos atores enquanto carece de situações realmente engraçadas, com uma história periférica completamente sem pé nem cabeça no que diz respeito ao vilão feito por Wesley Snipes. A falta de coesão narrativa é evidente, mas mesmo assim é difícil não considerar Um Príncipe em Nova York 2 imperdível para os fãs de outrora.