Visto via Netflix em 21-JUL-2020, Terça-feira
O Estranho que Nós Amamos é a segunda versão em cinema para um livro lançado na década de 60, após a primeira lançada em 1971 de título homônimo. Na releitura, o tal estranho do título é um soldado ianque (Colin Farrell) que se fere mortalmente durante a guerra civil norteamericana em 1864 e encontra abrigo num internato feminino no estado da Virginia. Sua presença no lugar é permitida pela professora e governanta do lugar (Nicole Kidman), que abriga ainda outra professora (Kirsten Dunst) e mais cinco moças. Cada uma delas adota uma postura distinta com relação ao estranho, que por sua vez cria laços igualmente diferentes com elas. Como era de se esperar, tensões e inevitáveis conflitos não demoram a surgir. Laureado com o prêmio de melhor diretora para Sofia Coppola do festival de Cannes de 2017, O Estranho que Nós Amamos é um retrato comportamental interessante de um dos períodos mais tensos da história norteamericana. Infelizmente, o potencial sinalizado pelo início do filme nunca é plenamente atingido, seja pelo tratamento dado ao roteiro ou pela fotografia calcada em luz natural, que deixa tudo muito escuro e difícil de discernir em várias cenas-chave.