Cinema

Homem-Formiga e a Vespa - Quantumania

Homem-Formiga e a Vespa - Quantumania
Título original: Ant-Man and the Wasp - Quantumania
Ano: 2023
País: Austrália, Canadá, Estados Unidos
Duração: 124 min.
Gênero: Ficção científica
Diretor: Peyton Reed (Abaixo o Amor, Separados pelo Casamento, Sim Senhor)
Trilha Sonora: Christophe Beck (O Alarmista, Contragolpe [1998], O Mentiroso)
Elenco: Paul Rudd, Evangeline Lilly, Michael Douglas, Michelle Pfeiffer, Jonathan Majors, Kathryn Newton, Corey Stoll, Bill Murray, Katy M. O'Brian, William Jackson Harper, Jamie Andrew Cutler, David Dastmalchian, Randall Park, Mark Weinman
Avaliação: 6/10

Visto via Disney Plus em 29-JUL-2023, Sábado

Ao final de Homem-Formiga e A Vespa, lançado em 2018, o Homem-Formiga (Paul Rudd) foi lançado sem cerimônia para dentro da história que mostrou os eventos cataclísmicos de Vingadores - Guerra Infinita e Vingadores - Ultimato. É exatamente por isso que a trama deste terceiro filme nada tem a ver com o segundo, pois ele começa após a dissolução dos Vingadores e reencontra seu principal heroi levando uma vida "normal", se é que isso é possível. Sua preocupação maior agora é com a segurança da filha adolescente (Kathryn Newton), uma jovem brilhante cujos experimentos acerca do universo quântico acabam fazendo com que ambos, pai e filha, e também Hank Pym (Michael Douglas) e Janet Van Dyne (Michelle Pfeiffer) sejam tragados para o mundo quântico. Praticamente todo o filme se passa nesse ambiente, um mundo subatômico que funciona como uma dimensão à parte, cheia de habitantes e tecnologia avançada. O conflito que se desenrola nesse mundo tem origem na época em que Van Dyne lá esteve aprisionada (como mostrado em Homem-Formiga e A Vespa) e se viu diante da ameaça de um viajante interdimensional conhecido como Kang (Jonathan Majors). O objetivo de Kang é sair do mundo quântico, mas para isso ele precisa da complicada ajuda de ninguém menos que o próprio Homem-Formiga.

Apesar da recepção morna de público e crítica, Homem-Formiga e a Vespa - Quantumania funciona como um preâmbulo de luxo pois tem papel crucial no estabelecimento da grande nova ameaça do MCU, que chega para substituir a figura de Thanos. Com um design de produção que lembra muito algo como Star Wars, o filme é visualmente deslumbrante em seus melhores momentos, em contrapartida à narrativa que peca por se apressar e não estabelecer muito bem alguns personagens-chave. Os grandes chamarizes são Bill Murray, no papel de um mercenário chamado Krylar, e Corey Stoll, o vilão do primeiro filme que retorna na pele de MODOK, um dos personagens de caracterização mais ousada da história das HQs. O filme também ganha pontos ao se apoiar na relação entre pai e filha para garantir o apelo dramático que precisa, mesmo que isso acabe deixando a Vespa de Evangeline Lilly em segundo plano durante a maior parte do filme. Pelo menos o longa não tem a quantidade de furos de roteiro de Doutor Estranho no Multiverso da Loucura, trabalho de concepção visual semelhante mas fundamentalmente equivocado. Ainda assim, tal qual o segundo filme do mago supremo, essa terceira aventura do heroi diminuto tem ligações com uma série televisiva do MCU, no caso a primeira temporada de Loki (atenção para as cenas pós-creditos).