Cinema

De Repente É Amor

De Repente É Amor
Título original: A Lot like Love
Ano: 2005
País: Estados Unidos
Duração: 107 min.
Gênero: Comédia
Diretor: Nigel Cole (O Barato de Grace, Garotas do Calendário)
Trilha Sonora: Alex Wurman (Mrs. Harris, Ricky Bobby - A Toda Velocidade, Between Two Ferns - The Movie)
Elenco: Amanda Peet, Ashton Kutcher, Kathryn Hahn, Ali Larter, Taryn Manning, Aimee Garcia, Melissa van der Schyff, James Read, Molly Cheek, Gabriel Mann, Amy Aquino, Jeremy Sisto, Kal Penn, Robert Peters, Addison Bouquet, Josh Stamberg, Tyrone Giordano, Sarah Shahi, Moon Bloodgood
Avaliação: 6

Um dos maiores colaboradores para a revitalização do gênero da comédia romântica foi Rob Reiner, com seu hoje quase clássico Harry e Sally - Feitos um Para o Outro. Dessa fonte beberam muitos filmes subseqüentes, sendo o mais recente deles a historieta moderninha estrelada por Ashton Kutcher (That 70's Show, Efeito Borboleta) e Amanda Peet, uma das queridinhas entre os novos rostos bonitos surgidos na última década.

Na história de De Repente É Amor, Kutcher faz o adolescente bem-comportado e cheio de planos que acaba de concluir a escola e, durante um vôo para visitar o irmão em Nova York, tem a sorte de encontrar pela frente uma impulsiva e enigmática Amanda Peet. Durante o pouco momento em que passam juntos, os dois acabam deixando pontas soltas que voltam a se entrelaçar várias vezes algum tempo mais tarde, abrangendo um intervalo de aproximadamente 6 anos.

De Repente É Amor pende mais para o romance que a comédia propriamente dita, o que não deixa de ser um ponto a favor do diretor Nigel Cole, que assim tenta tornar a sua incursão no gênero um pouco diferente da média. Como quase sempre ocorre nestes casos, praticamente toda a sensação de satisfação evocada por uma obra desse quilate repousa nos ombros dos protagonistas. Quando carismáticos, o negócio funciona. E até faz a platéia relevar a tão manjada e explorada fórmula de Hollywood, curtindo os encontros, desencontros, o 'fundo do poço' do herói ou da heroína e o inevitável final feliz com relativo interesse. Sim, o filme tem tudo isso. Na média do convencional e previsível, mas devidamente valorizado pela boa química entre Amanda Peet e Ashton Kutcher. A curiosidade é que o papel de Peet quase foi parar nas mãos de Katie Holmes, que na época não pode fazê-lo por estar envolvida nas filmagens de Batman Begins.

Outros pontos positivos a serem considerados são a importância dada pelo roteiro à vida profissional de cada um dos pombinhos, a boa decisão de não manter a personalidade inicial da maluquinha Amanda Peet e a escolha rebuscada e sensata das canções que tocam durante a projeção, que vão de Third Eye Blind a Jet e são intercaladas pela boa trilha incidental de Alex Wurman.

O filme pode não ser tão sutil ou ter a mesma classe de um Harry e Sally, mas tem um aspecto agradável e leve que pelo menos não faz feio. O que varia de um extremo ao outro, ou seja, desde 1989 até hoje? Seria a ambientação, os novos tempos ou o fato do filme de Nigel Cole enfocar uma fase mais precoce da vida do casal?

Texto postado por Kollision em 23/Agosto/2005