Cinema

Harry e Sally - Feitos um para o Outro

Harry e Sally - Feitos um para o Outro
Título original: When Harry Met Sally
Ano: 1989
País: Estados Unidos
Duração: 96 min.
Gênero: Comédia
Diretor: Rob Reiner (This Is Spinal Tap, A Princesa Prometida, Dizem por Aí)
Trilha Sonora: Harry Connick Jr., Marc Shaiman (Louca Obsessão), Thomas Richard Sharp
Elenco: Billy Crystal, Meg Ryan, Carrie Fisher, Bruno Kirby, Steven Ford, Lisa Jane Persky, Michelle Nicastro, Gretchen Palmer, Robert Alan Beuth, David Burdick, Joe Viviani, Harley Jane Kozak, Joseph Hunt, Kevin Rooney, Franc Luz
Distribuidora do DVD: MGM Home Entertainment / Fox
Avaliação: 9

Rob Reiner sempre foi um diretor versátil, arriscando-se até na pele de ator de tempos em tempos. Dentro de sua filmografia, um de seus maiores sucessos, e também maiores êxitos da década de 80, foi a comédia romântica Harry e Sally - Feitos um para o Outro. Emblemático por cravar a ferro e fogo o nome de Meg Ryan como uma das namoradinhas da América nas telas de cinema, mantém-se ainda hoje como um dos romances mais engraçados, agradáveis e bem acabados de todos os tempos.

Harry (Billy Crystal) e Sally (Meg Ryan) encontram-se pela primeira vez em 1977, numa carona que Sally dá a Harry até a grande cidade de Nova York. No princípio insuportável, mulherengo, arrogante e falador, Harry mostra-se aos olhos da inocente Sally um cara completamente asqueroso. Eles voltam a se reencontrar várias vezes nos anos seguintes, e a cada encontro desenvolvem uma relação sincera de coleguismo e amizade. Um casamento malfadado de Harry e o rompimento do relacionamento de Sally acabam aproximando-os ainda mais e, com a progressão natural das coisas, tudo entre os dois passa a correr o risco de assumir um ar um pouco mais íntimo que antes.

Charme é o que não falta à produção. Um charme que emana dos dois protagonistas, em perfeita sintonia um com o outro e completamente à vontade no roteiro escrito pela futura diretora Nora Ephron (que fez a obra-prima das comédias românticas Sintonia de Amor e meteu os pés pelas mãos em Mensagem para Você, ambos também com a loira Ryan). A meiguice de Sally e a canastrice de Harry rendem momentos ótimos, sempre acompanhados de diálogos em sua maioria excelentes. Basicamente ignorando o lado profissional dos personagens, tudo se concentra nos encontros dos dois e, mais tarde, no envolvimento dos amigos Marie (Carrie Fisher) e Jess (Bruno Kirby), também ótimos. É neste filme que está uma das cenas-símbolo do cinema oitentista, aquela em que Meg Ryan simula um orgasmo dentro de um restaurante para uma platéia atônita, incluindo o estupefato Billy Crystal. O visual dos dois muda bastante à medida que os anos passam, e a idéia de inserir depoimentos de casais de longa data em meio à narrativa parece estranha de início, mas justifica-se no final.

Harry e Sally é, além de um ótimo e divertidíssimo programa, mais um daqueles filmes onde fica difícil separar música e imagem. A trilha sonora é fenomenal, e inclui a hoje clássica canção It Had to Be You, em performances de Frank Sinatra e Harry Connick Jr., além das vozes de Ella Fitzgerald e Louis Armstrong, entre outros.

Há 7 cenas excluídas na seção de extras do DVD, incluindo uma impagável imitação de Marlon Brando/Don Corleone feita por Billy Cristal. Completam os especiais o videoclipe de It Had to be You na voz de Harry Connick Jr. e os trailers de Harry e Sally, A Princesa Prometida e This Is Spinal Tap, todos dirigidos por Rob Reiner.

Texto postado por Kollision em 2/Fevereiro/2005