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Filmes Vistos em Junho - Parte 2

Shudojo Runa no Kokuhaku (Masaru Konuma, 1976) 4/10

Com: Luna Takamura, Yoko Azusa, Nobutaka Masutomi, Aoi Nakajima, Shin Nakamaru

A.K.A. Cloistered Nun - Runa's Confession — Muitos dos pastiches pink-eiga, em sua proliferação massiva no Japão dos anos 70, são pródigos no exercício do erotismo extremo que beira a fronteira do pornográfico, sem no entanto cruzá-la. Runa's Confession faz parte desta escola marginalizada de cinema, em toda sua glória obscura e barata, que tende hoje a ser olhada de forma mais condescendente que na época de seu lançamento. Runa (Luna Takamura) é uma freira que retorna à casa da irmã para se despedir e oferecer uma oportunidade de negócios oriunda de sua igreja. A irmã, uma prostituta salafrária que havia roubado o namorado de Runa no passado, se alia ao escroque para tentar tapeá-la. Mas as coisas não são tão fáceis assim, e nem Runa é mais tão inocente quanto antes. A protagonista Luna Takamura possui traços meio ocidentalizados, dividindo a cena com a irmã e uma amiga desinibida do convento. Percebe-se um apuro razoável no trabalho de câmera do filme, obviamente devido à necessidade de se driblar a implacável censura japonesa. Portanto, podem esperar por uma boa carga de misoginia light, em meio a um ritmo meio anormal que alterna longos hiatos narrativos e flashbacks malucos com generosos rompantes de lascívia.

O Incrível Hulk (Louis Leterrier, 2008) 7/10

Com: Edward Norton, Tim Roth, Liv Tyler, William Hurt, Tim Blake Nelson

OK, assisti de novo só porque o Coquel implorou. E também porque sou uma pessoa benevolente e sei que a proliferação de filmes dublados vem dominando a roça de forma cada vez mais implacável.

Vou aproveitar para listar algumas coisas que não gostei no filme:

E é só, por enquanto!

Expresso do Horror (Eugenio Martín, 1973) 6/10

Com: Christopher Lee, Peter Cushing, Telly Savalas, Alberto de Mendoza, Silvia Tortosa

Christopher Lee e Peter Cushing, uma das duplas mais memoráveis do cinema de horror... numa história sobre uma criatura que suga as mentes das pessoas em um trem lotado em meio ao rigoroso inverno russo? Ambos fazem papéis de homens da ciência: Lee é o explorador que encontra o fóssil de um hominídeo e o leva para o trem, enquanto Cushing é o médico que trata de fazer a autópsia das vítimas da criatura. Pode não parecer muito, mas a história antecipa muita coisa similar que viria a surgir no futuro (Alien, Arquivo X, O Enigma de Outro Mundo). Perdoando a completa falta de tato ao tratar da suspensão de descrença inicial e o visível baixo orçamento, o filme até que diverte, contando com algumas tiradas impagáveis e com uma aparição rápida e excêntrica do carecão Telly Savalas. Silvia Tortosa, a condessa que acaba se interessando por Lee, é incrivelmente bonita, e poderia ter sido melhor aproveitada em cena.

Divagações postadas por Kollision entre 29 e 30 de Junho de 2008