Arquivos de Posts

Filmes Vistos em Janeiro - Parte 2

Alien Vs. Predador (Paul W. S. Anderson, 2004) 5/10

Com: Sanaa Lathan, Raoul Bova, Lance Henriksen, Ewen Bremner, Colin Salmon

Patacoadas do roteiro à parte, este filme é um daqueles que parece melhorar um pouco quando visto numa tela de televisão. Nessa revisão, pelo menos, a premissa me soou mais plausível. Para uma execução que definitivamente não agrada aos fãs mais hardcore dos monstros, principalmente pela falta de uma violência mais crua, o longa consegue demonstrar efeitos especiais decentes e coloca os humanos em seus devidos lugares. Alguns acham isso ruim, eu nem tanto. Nesse tipo de filme, os humanos – quase sempre criaturas estúpidas e mesquinhas – servem mesmo somente para serem desmembrados. Das formas mais grotescas e gráficas possíveis.

P.S. Eu Te Amo (Richard LaGravenese, 2007) 4/10

Com: Hilary Swank, Gerard Butler, Harry Connick Jr., Kathy Bates, Lisa Kudrow

Não se confundam com a aparência bobinha de comédia romântica deste drama pesado e opressivo, pródigo em verter lágrimas (para as mulheres) e ciscos nos olhos (para os homens) em qualquer platéia. Depois de uma introdução que mostra um pouco da rotina do casal formado por um irlandês (Gerard Butler) e por uma americana (Hilary Swank), vem um corte brusco e o cara já está morto. Sofrendo muito, a moça começa a receber cartas que ele escrevera antes de falecer, num plano meticulosamente arquitetado que tenta despertá-la para uma nova vida mas, ao mesmo tempo, a mantém agarrada à memória do amado. A idéia é inusitada, e poderia naufragar por completo se não fosse por um bem-vindo humor que surge como bolhas dentro do dramalhão, quase sempre quando o personagem de Harry Connick Jr. está em cena.

Aliens Vs. Predador 2 (Colin Strause e Greg Strause, 2007) 5/10

Com: Steven Pasquale, Reiko Aylesworth, John Ortiz, Johnny Lewis, Kristen Hager

Começando exatamente onde o filme anterior terminou, a história da continuação não traz nada de inovador. Um predador inoculado com uma larva alien causa o caos dentro da espaçonave dos rastafári e a faz cair de volta à Terra, e onde? Numa cidade caipira dos Estados Unidos, claro. Porque seria muito caro para os produtores fazê-la cair em Los Angeles ou Nova York. Segue-se a esperada infestação do lugar por aliens, devidamente perseguidos por um predador-mor que desce ao planeta. Os humanos pegos no meio da bagunça incluem a tentativa de uma nova Ripley (Reiko Aylesworth) e um bando de adolescentes bobocas. Tudo é excessivamente previsível, principalmente o final, anunciado a léguas de distância. Mais uma vez, uma experiência sem atrativos decentes, indicada somente para os fãs (pelo menos nesse o gore vem em mais quantidade).

Eu Sou a Lenda (Francis Lawrence, 2007) 7/10

Com: Will Smith, Alice Braga, Charlie Tahan, Salli Richardson, Emma Thompson

De fato, a opinião que circula nos meios de comunicação sobre a interpretação de Will Smith neste filme é verdadeira. Com o auxílio sutil porém eficiente de um ótimo trabalho de maquiagem, Smith dá vida a um homem entregue ao desespero da solidão, como o único sobrevivente de uma epidemia mundial que eliminou a humanidade da face da Terra. Ele perambula pelas ruas vazias de Nova York em companhia de sua cadela e à procura de uma cura para a praga, existente talvez somente no sangue das criaturas nas quais se transformaram o que sobrou dos seres humanos infectados. Mistos de zumbis e vampiros, os bichos não podem sair durante o dia, e salivam por sangue humano não-infectado quando cai a noite. A ponte narrativa entre o antes e o depois da tragédia biológica é propositalmente frouxa, mas ela não incomoda tanto quanto a plausibilidade do surgimento de dois improváveis sobreviventes no ato intermediário do longa (sendo um dos dois a brasileira Alice Braga). No geral, pelo menos, o saldo é positivo, e joga uma luz incômoda sobre as conseqüências nefastas da manipulação genética ao extrapolá-la de forma tão agressiva.

Divagações postadas por Kollision entre 28 e 31 de Janeiro de 2008